O secretário de Educação Vitor de Angelo se mostrou intolerante a qualquer caso de assédio sexual que possa acontecer dentro das escolas no Espírito Santo. Ele definiu as denúncias em uma escola da Serra como gravíssimas e disse que o Estado tem dever de proteger todos os alunos.
Como o caso está sendo tratado pela Secretaria de Educação?
Eu pedi prioridade na Corregedoria para esta investigação para que isso seja resolvido o mais rápido possível. As denúncias são graves. É inadmissível, se comprovado o fato, que a gente tenha este tipo de situação dentro das nossas escolas.
Nas redes sociais, ex-alunos começaram a relatar outros casos de assédio, indicando que a situação é recorrente e antiga na escola. Como o senhor vê estas acusações?
A nossa postura será sempre de muita justiça e, por isso, precisamos incentivar todas as meninas e também os meninos para que denunciem. Assédio sexual é crime, não há nunca como compactuar com isso. Mesmo que não fosse crime, é uma postura totalmente avessa aos propósitos que temos para nossa escola e por isso é inadmissível.
Existe um medo muito grande entre os estudantes que o caso não seja investigado ou que eles não sejam ouvidos. O que você pode falar para esses alunos?
Eu posso garantir que, caso as denúncias sejam confirmadas, isso não será acobertado, é um caso grave, gravíssimo. Não há nenhuma intenção nossa de acobertar ou de buscar saídas alternativas. A Secretaria não existe para garantir emprego de gestores, nós estamos aqui para garantir que o aluno tenha acesso a educação pública de qualidade e não para que vá a escola e seja assediado sexualmente.
Caso outras alunos tenham sofrido assédio, nesta mesma escola ou em outra do Estado, qual a orientação?
Eles podem ir pessoalmente à Secretaria. Entendo que talvez seja um pouco constrangedor e, caso seja, o canal mais objetivo e eficaz é o Fale Conosco. O aluno pode fazer a denúncia por lá que nós iremos receber e dar início ao processo investigativo. Eles não ficarão sem resposta, eu posso garantir.
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