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Devido à crise, Fecomércio atrasa início das obras de teatro na Serra

Devido à crise, Fecomércio atrasa início das obras de teatro na Serra

Os mesmos motivos levaram a Fecomércio a desistir de assumir a doação da antiga Sede do Clube do Saldanha, em Vitória

Publicado em 20 de julho de 2019 às 15:19

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Avenida Talma Rodrigues, onde vão funcionar os empreendimentos. (Arquivo )

A redução na arrecadação e a possibilidade de cortes no Sistema S, anunciada pelo ministro da economia Paulo Guedes, atrasam o início das obras de um teatro e um centro de convenções na Serra, que serão construídos pelo Sesc, o Serviço Social do Comércio, ligado à Fecomércio. O terreno, de 10 mil metros quadrados, foi doado pela Prefeitura em 2017 e deve ser usado para a construção do teatro, com capacidade para 600 pessoas.

Devido à crise, Fecomércio atrasa início das obras de teatro na Serra

As obras, inicialmente previstas para começarem no segundo semestre de 2018, só devem iniciar mesmo em 2020, conforme confirmou à reportagem o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri. Em conversa com a rádio CBN Vitória, Sepulcri citou as incertezas na economia como fatores que provocaram o atraso.

"Depois que o novo governo assumiu, existe um 'zum zum zum' de que todo o Sistema S vai sofrer cortes no orçamento. Isso vai acontecer, não tem jeito. E com certeza isso criou uma expectativa com relação aos investimentos do Sesc", afirmou.

Esses cortes ainda não se efetivaram, mas Paulo Guedes chegou a falar em "passar a faca" no sistema S, o que levou o Conselho Nacional do Sesc a puxar o freio nos investimentos. Os mesmos motivos levaram a Fecomércio a desistir de assumir a doação da antiga Sede do Clube do Saldanha, em Vitória, hoje pertencente à Prefeitura Municipal, e a implantar no local o Museu da Colonização.

No caso do terreno da Serra, a doação já se concretizou e a Fecomércio tem que construir o Teatro. Entre as instituições patronais, a Federação do Comércio (Fecomércio) foi a mais atingida pela reforma trabalhista com uma diminuição de R$ 1,2 milhão na arrecadação em 2018, conforme mostrou A Gazeta. Ano passado, a organização recebeu R$ 311,9 mil.

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A Prefeitura da Serra foi procurada pela reportagem para falar sobre a fiscalização da obra, já que se trata de um terreno público que foi doado para uma entidade que representa a inciativa privada. A Prefeitura garantiu que fiscaliza a obra, mas sobre prazos disse apenas que isso deveria ser checado com o Sesc.

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