> >
Espírito Santo tem mais de 55 mil casos de dengue registrados

Espírito Santo tem mais de 55 mil casos de dengue registrados

O chefe da Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Roberto Laperriere Júnior, considera que este é um número alto para o período e caracteriza uma epidemia

Publicado em 4 de julho de 2019 às 22:17

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

O Espírito Santo continua enfrentando uma epidemia de dengue. Sã 55.425 casos registrados até o dia 29 de junho deste ano, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (4) pela Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa). Neste período 21 pessoas morreram por complicações da doença.

Na semana de 23 de junho a 29 de junho foram 1.144 casos registrados, isso representa 41% a menos que na semana anterior, que registrou 1.948 casos. Apesar da redução, o chefe da Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Roberto Laperriere Júnior, considera que este é um número alto para o período e caracteriza uma epidemia, ou seja, diversas regiões com muitos casos da doença. 

São 24 municípios que apresentam alta incidência da doença, ou seja, estão com 300 casos por 100 mil habitantes, entre eles Jerônimo Monteiro, Pinheiros e Mantenópolis. 

Ele ressaltou que o número registrado neste ano só não ultrapassa a quantidade de 2013, quando o Estado teve no mesmo período 72.370 casos. No total daquele ano foram 83 mil confirmações, o maior já registrado no Espírito Santo.

“Já tivemos uma situação pior em 2013, mas não estamos numa situação confortável. Era para estarmos com uma curva decrescente e não estamos vendo isso”, pontuou.

MOTIVOS

Roberto associa esse número a três fatores: situação climática, ou seja, o inverno está registrando altas temperaturas, que favorece o ciclo biológico do vetor; a falta do inseticida Malathion, utilizado para combater o mosquito Aedes aegypti na fase adulta.

O outro fator é a circulação do sorotipo 2 da dengue que não era registrado no Estado há oito anos. Segundo ele, isso cria uma nova população suscetível ao vírus, tendo em vista que pessoas que nasceram nos últimos nove anos nunca entraram em contato com esse vírus. Tem também as pessoas que não tiveram dengue tipo 2 quando ele circulou no Estado.

Roberto explicou que o governo do Estado está se reunindo com os municípios para um trabalho conjunto de mobilização social, campanha de mídia, além de capacitações dos profissionais de saúde e agentes de endemia. “Estamos dando apoio aos municípios, fornecemos medicamentos e veículos de apoio às atividades de campo”, ressaltou.

Este vídeo pode te interessar

Ele explicou que o número de casos tende a cair se as temperaturas baixarem. No entanto, disse que mesmo na estação mais fria do ano é preciso tomar cuidado. “É recomendado verificar pelo menos uma vez por semana os locais que podem acumular água, como vasos de plantas, baldes, pneus e garrafas, por exemplo”, disse.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais