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Estrutura comprometida muda plano de reforma da Ponte de Camburi

Estrutura comprometida muda plano de reforma da Ponte de Camburi

Prefeitura diz que condições adversas da ciclovia encontradas durante a execução das obras postergaram a liberação, prevista inicialmente para julho. Pedestres e ciclistas continuam se arriscando mesmo com trecho liberado no outro lado

Publicado em 23 de julho de 2019 às 22:08

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Pedestres se arriscam passando na pista de rolamento dedicada aos veículos. (João Henrique Castro)

Prevista para ser liberada no início deste mês, a passarela e ciclovia da Ponte de Camburi, em Vitória, só devem ser reabertas ao público no dia 13 de setembro. A passagem está interditada para obras de recuperação mas, de acordo com a prefeitura, agravos na estrutura da ciclovia descobertos durante a reforma motivaram o adiamento da liberação no trecho. Enquanto isso, apesar da sinalização para usar a passagem de pedestres do lado oposto a obra, é fácil flagrar quem se arrisque ao fazer a travessia da ponte pela pista - sentido Jardim da Penha - entre os carros e a obra.

A interdição no trecho para pedestres e ciclistas no sentido Praia do Canto x Jardim da Penha foi feita no início do mês de junho, como uma das etapas da obra de restauração da Ponte de Camburi, que agora vai até novembro. Na ocasião, a prefeitura informou que o bloqueio da passagem se daria por aproximadamente um mês - para troca das placas e recuperação do guarda-corpo.

Estrutura comprometida muda plano de reforma da Ponte de Camburi

No entanto, foram encontrados danos mais graves do que os analisados anteriormente, o que demandou maior tempo para reparos. Agora, o prazo para liberação aumentou em dois meses, como explica o secretário de Obras e Habitação de Vitória, Sérgio Sá.

“Uma das situações é a estrutura metálica que estava mais comprometida do que nos tínhamos inicialmente analisado. E aí, ao invés só de recuperar a estrutura metálica, nós tivemos que substituir algumas vigas metálicas. E elas são galvanizadas. E, a partir do momento em que a gente não está só recuperando, mas sim substituindo, nós precisamos e demos esse prazo maior para empresa poder produzir e substituir as peças da forma mais adequada. Por conta disso, tivemos que postergar o prazo de interdição até 13 de setembro”, disse.

RISCOS

 

O pedreiro Edvaldo Lisboa fala sobre os riscos de passar entre os carros. (João Henrique Castro)

Mesmo com o local devidamente sinalizado, com placas de interdição e orientações para travessia pelo outro lado da ponte, que está liberado, alguns pedestres e ciclistas se arriscam e fazem a passagem na pista de rolamento, ao lado dos carros. Alguns foram flagrados pela reportagem e justificaram o atraso para não atravessar e seguir pelo trecho seguro.

O vigilante Sidney Lacerda, 37, foi um deles. Segundo ele, a facilidade e rapidez é o motivo para se colocar em risco. “Infelizmente aqui é o lugar que a gente passa porque é mais fácil e mais rápido. A gente já se atrasa passando por aqui. Se der a volta é pior”, argumentou.

Ciclistas insistem em passar entre os carros correndo risco de acidentes. (João Henrique Castro)

Já o pedreiro Edvaldo Lisboa, 41, relata o perigo de passar pelo local, mesmo ao lado da pista de rolamento, o que segundo a legislação, é direito do ciclista em locais onde não há ciclovia. “A gente encontra muita dificuldade mesmo, os motoristas não respeitam o ciclista, e muitas vezes também o ciclista quer andar muito no meio da pista devido a falta de proteção. Então o perigo é constante. A gente passa, atravessa, mas com muito medo”, disse.

Outros preferem não correr o risco e seguem pela via segura, como o estudante Gustavo Silvério, 22, que apesar do transtorno, aguarda pela melhoria. “Eu perco alguns minutos, mas nada demais. Se for fazer alguma coisa para melhorar a ponte eu acho que vale a pena”, disse.

SINALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO

O secretário Sérgio Sá garante que o local está sinalizado e que não há a necessidade de pedestres e ciclistas se colocarem em risco. Além disso, equipes da Prefeitura também atuaram no local conscientizando os usuário da via sobre as obras.

“Nós estamos lá com sinalização, colocamos nossos funcionários distribuindo informativos explicando os motivos da obra e informando a rota que as pessoas teriam que fazer. O feedback que temos é que a grande maioria tem feito a travessia e utilizado o outro lado da ponte onde, inclusive, fizemos uma melhoria na iluminação e corte da grama para melhorar a segurança”, destacou.

Sinalização indica passagem interditada para pedestres e ciclistas na Ponte de Camburi. (José Carlos Schaeffer)

As obras da Ponte de Camburi tiveram início no mês de abril. São trabalhos que não fecharam o trânsito de veículos, mas de recuperação preventiva com o tratamento do aço, recuperação de concreto e do piso da passarela, instalação de novas placas de concreto e estrutura metálica, além da restauração e da substituição do guarda-corpo. 

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Esta reportagem contou com a colaboração do residente João Henrique Castro. (Divulgação)

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