Cerca de 400 pessoas, entre membros de pastorais, movimentos sociais, entidades de classe e de outros entes da sociedade civil organizada participaram do primeiro encontro promovido pelo Vicariato para Ação Social, Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória. A iniciativa do arcebispo Dom Dario Campos visa fortalecer a atividade da igreja dentro de comunidades carentes e da periferia, com foco na assistência social e combate à violência.
A reunião aconteceu no Centro de Estudos Católicos Dom Silvestre, localizado na Praia do Suá, em Vitória. Centenas de pessoas lotaram o auditório durante uma manhã de discussões em torno dos problemas que atingem a sociedade, em especial as comunidades carentes e regiões de periferia. Participaram de um painel de troca de ideias a professora da UFES especialista em educação popular, Marlene Pires, o membro do coletivo Raízes da Piedade, Jocelino Júnior, além do Arcebispo de Vitória, Dom Dario Campos.
Durante o discurso, Dom Dario destacou a necessidade de aproximar a igreja dos mais pobres e humildes por meio de uma ação transformadora. Nós queremos atingir, refletir com todos os segmentos da sociedade aquilo que atinge mais profundamente o irmão e a irmã na realidade do dia a dia. É ver Jesus Cristo presente com os pobres, com os humildes e necessitados. A ação transformadora é essa, não é querer trazer nada de novo, mas trazer Jesus Cristo para os dias de hoje, disse.
Ações nas comunidades
O responsável pelo Vicariato é o Padre Kelder Brandão, pároco na comunidade Santa Tereza de Calcutá, localizada no bairro Itararé, em Vitória. O vigário falou sobre as ações que devem ser tomadas nas comunidades carentes e de periferia.
Essas ações vão acontecer na ponta das comunidades, nas periferias, onde as pastorais já atendem cotidianamente crianças e enfermos. E vamos construindo ações, como o Grito dos Excluídos, Dia Mundial do Pobre. Como a gente vai amarrar essas ações e dar visibilidade a esses eventos que já são históricos na Arquidiocese, relatou.
Além delas, padre Kelder também falou sobre a segurança pública, item de muita discussão durante o encontro e que tem relação direta com a vivência nas comunidades. Segundo ele, o tema será ponto chave na discussão de ações e políticas públicas nas regiões de periferia.
Como dar visibilidade aos dramas da periferia e ao mesmo tempo refletir na perspectiva da participação popular, dos coletivos na construção de políticas públicas efetivas de segurança. Para desmistificar também essa lógica que a gente tem da criminalização das periferias, dos pobres, da população jovem, negra, que é vítima da violência e criminalizada pelo poder público e parte da sociedade, explicou.
O encontro acontece por todo o sábado. Na parte da tarde, uma reunião restrita será realizada entre os coordenadores das Áreas Pastorais, das Pastorais e dos Movimentos Sociais para aprofundamento e organização dos trabalhos a serem desenvolvidos pelo Vicariato.
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