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Praia do Canto: moradores criam grupo para tratar de crimes na região

Praia do Canto: moradores criam grupo para tratar de crimes na região

Segundo os administradores, os participantes chegam a relatar dois assaltos por dia no Bairro. Por ter menos movimento, a rua Constante Sodré tem sido alvo de mais ocorrências, segundo Associação de Moradores da Praia do Canto

Publicado em 19 de julho de 2019 às 22:09

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Moradores da Praia do Canto participam de grupo de troca de mensagens para discutir melhorias na segurança e se manterem informados sobre crimes na região. (José Carlos Schaeffer)

Em meio a reclamações de insegurança e registro de assaltos na região, moradores da Praia do Canto, em Vitória, criaram um grupo em um aplicativo de mensagens para trocar sugestões de melhoria e se manterem informados sobre os crimes cometidos no bairro. Segundo os administradores, os participantes chegam a relatar dois assaltos por dia na região.

Praia do Canto, moradores criam grupo para tratar de crimes na região

A iniciativa da criação do grupo foi da Associação de Moradores da Praia do Canto. Um dos diretores da Associação, Cesar Saad, afirma que a intenção foi envolver ainda mais os moradores sobre as questões de segurança do bairro. Ele, que tem lojas na região, afirma que o número de arrombamentos diminuiu, mas que agora o alvo dos criminosos são os pedestres.

“O crime não pára, ele muda de foco. Agora estão fazendo assaltos a moradores e visitantes do bairro. Geralmente é de bicicleta ou de moto. Nem sempre armados, eles tiram o que a pessoa está usando, um celular ou uma bolsa, e evadem do bairro com facilidade. A rua Constante Sodré, por ter menos movimento por não ter comércio, que tem sido alvo de mais ocorrências. Principalmente moradores chegando ou saindo dos seus prédios são alvo dessas ocorrências”, relatou.

A dona de casa Kátia Gimenes é sindica de um prédio na Avenida Rio Branco. Na última semana, foi furtado um portão do condomínio onde ela mora. Kátia afirmou que os criminosos foram presos, mas diz que a sensação de insegurança é permanente no bairro. “Outro dia no grupo relataram que algumas mulheres estão caminhando sem aliança. Onde nós chegamos? O bairro, infelizmente, está perdendo muito com essa falta de segurança aqui”, disse.

Procurada, a Polícia Militar informou, por nota, que realiza policiamento ostensivo, com rondas preventivas 24h por dia no bairro, além de constantes operações como cercos táticos, pontos base, visitas tranquilizadoras e abordagens. No primeiro quadrimestre de 2019, em comparação ao mesmo período do ano passado, a corporação afirmou ter registrado uma redução de 25% dos crimes contra o patrimônio na região.

QUESTÃO SOCIAL

Titular da delegacia de polícia da 5ª Delegacia de Polícia da Praia do Canto, o delegado Leandro Piquet afirma que o trabalho prático e imediato da polícia está sendo feito, visto a redução de crimes registrada no local. “Isso representa que realmente teve capturas, tivemos prisão. O trabalho com a Polícia Militar e com a Guarda está integrado. A gente está caminhando junto. Só que nós não podemos depositar só na polícia a resolução do problema”.

O delegado afirma que o problema instaurado no local é social, e que a mudança deve partir antes da necessidade da intervenção policial. “É uma falha de uma questão social. É necessário que haja uma educação, um assistencialismo, um fomento ao trabalho. Quando tudo dá errado, a polícia tem que agir”, disse.

Para tentar mudar o cenário, o delegado disse realizar um trabalho educativo nas escolas da região, conscientizando jovens sobre os problemas locais. “Eu tenho ido ao colégio, falado sobre segurança pública, formação profissional, corrupção. É um trabalho exclusivo para que haja uma atenção primária aos jovens e adolescentes, que são nosso futuro”, completou.

REUNIÃO

Na próxima terça-feira (23), uma reunião será realizada entre moradores e autoridades para discutir soluções para mudar a sensação de insegurança no local. O encontro acontecerá na Igreja Santa Rita de Cássia, às 19h.

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Esta reportagem contou com a colaboração do residente Gislan Vitalino

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