A defesa da advogada Luezes Makerlle da Silva, presa nessa terça-feira (20) na operação Ponto Cego, vai entrar nesta quarta-feira (21) com um habeas corpus. Os advogados vão pedir no Tribunal de Justiça a liberdade de Luezes, que é suspeita de escrever cartas com recados de bandidos na cadeia para criminosos no Estado.
A primeira fase da operação foi deflagrada nesta terça pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção.
PRISÃO
Luezes foi um dos alvos de mandados de prisão preventiva e foi levada para a Penitenciária Feminina de Cariacica.
Ela está sozinha em uma cela comum, segundo a defesa, que mede entre 3 e 4 metros quadrados, com duas camas e um sanitário.
A defesa dela, no entanto, alega que a advogada tem o direito de ficar em uma sala de Estado Maior e que, na ausência desse espaço, Luezes deve no mínimo ser colocada em prisão domiciliar.
"Na sala de Estado Maior, você tem uma cama mais adequada, que não é de alvenaria. O quarto é melhor ventilado e o banheiro tem mais privacidade. Por ela ser advogada, ela tem esse direito", argumenta o advogado de Luezes, Ailton Ribeiro.
A defesa ainda vai pontuar no pedido que será protocolado no Tribunal que a liberdade de Luezes não prejudicaria as investigações.
"A Justiça pode determinar medidas cautelares, como impedi-la de frequentar os presídios e ter contato com os investigados", afirma Ailton.
Luezes confirma que escreveu um bilhete para o familiar de um dos seus clientes que está preso em Viana, mas nega que tenha participação nos crimes.
A reportagem procurou a defesa da advogada Gabriela Ramos Acker, durante o dia, mas não teve retorno.
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