O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários) ainda não foi oficialmente comunicado sobre a decisão judicial que obriga circulação de 75% da frota nesta segunda-feira (12), para quando a categoria anunciou uma paralisação.
A informação é de Zedequias Inácio, diretor do sindicato. Ele garantiu que os dirigentes ainda não receberam informação formal. Quando questionado se a categoria vai parar, respondeu que sim.
"A greve foi deliberada. Oficialmente, o sindicato não está sabendo (da decisão judicial)", disse. O sindicalista ressaltou, ainda, que uma reunião dos líderes do sindicato está marcada para as 22 horas deste domingo (11).
Por volta das 21h50, a reportagem entrevistou outro diretor do sindicato, Valdecy Dulcilina Laurindo. Ele também disse que não há notificação sobre a decisão da Justiça e que a paralisação está mantida. "No momento, a greve continua. Não chegou nada para nós", afirmou.
Laurindo acrescentou, ainda, que apenas uma outra assembleia da categoria poderá reverter a decisão de cruzar os braços tomada na reunião anterior, realizada na última terça-feira (6).
No entanto, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou que o Sindirodoviários foi, sim, formalmente comunicado.
A reportagem tenta localizar o presidente do Sindirodoviários, José Carlos Sales Cardoso, mas a mensagem recebida nas ligações é a de que o telefone dele está desligado. Outros membros do sindicato também estão sendo procurados para dar informações.
ASSEMBLEIA NA ÚLTIMA TERÇA
Em assembleia realizada na última terça-feira (6), rodoviários decidiram autorizar o sindicato a promover greve no sistema Transcol. A categoria se queixa do início da circulação de ônibus sem cobradores e anunciou a greve para "defender os postos de trabalho".
Na quinta (8), integrantes do governo, em reunião com sindicalistas na Secretaria de Estado de Governo, garantiram para esta segunda o início da circulação dos novos veículos refrigerados, que vão rodar apenas com motorista.
Para o sindicato, o anúncio da nova modalidade do serviço pelo governo foi "abrupto, desarrazoado e desrespeitoso ao trabalhador rodoviário". O governo avalia que a novo sistema é moderno e proporcionará mais rapidez e segurança aos usuários.
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