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Doações permitem que noiva leve corpo de jornalista para Angola

Doações permitem que noiva leve corpo de jornalista para Angola

O jornalista angolano Luis Felguera morreu após ser atropelado em Jardim Camburi, Vitória. Como ele não tinha parentes no Brasil, a noiva fez campanha para conseguir sepultá-lo no país natal

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 06:03

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Luis Felguera, jornalista angolano que morreu após ser atropelado em Vitória. (Arquivo pessoal)

A solidariedade de muitas pessoas colaborou para que a Fernanda Sacramento Samora, noiva do jornalista angolano Luis Felgueira, que morreu atropelado em Vitória na última segunda-feira (12), agilizasse o traslado do corpo dele para Angola, na África. 

Após pedir ajuda pelas redes sociais, inúmeras doações chegaram até Fernanda e ela rapidamente, em pouco mais de dois dias, atingiu o valor necessário para arcar com o transporte.

As doações ocorreram através de depósito bancários, por aplicativo e também por meio de uma "vaquinha virtual". Além disso, um fotógrafo amigo fez uma rifa de um ensaio no valor de R$ 10 reais. Todo o montante arrecadado foi destinado para a realização do traslado.

Fernanda e o noivo, o jornalista angolano Luis Felguera. (Arquivo pessoal)

"Eu só tenho que agradecer pela ajuda que recebemos. Meu noivo era um homem muito querido e amado por quem o conhecia. Foram muitas doações, até acima do que havíamos imaginado ser necessário. Arrecadamos um valor próximo de R$ 30 mil e agora estamos agilizando o transporte até Angola para fazermos um funeral à altura dele", disse Fernanda, de 26 anos, que ainda contou não ter medido esforços para conseguir levar o corpo do noivo ao país natal.

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Depois que assimilei a dura perde dele, logo coloquei como propósito levantar tudo o que fosse preciso para levá-lo à Angola, pois ele não tem familiares aqui no Brasil. Ainda que me doesse muito e contando com o apoio da minha família e pessoas próximas, tudo está muito bem encaminhado. Isso só será possível por causa da generosidade das pessoas

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Na manhã desta quinta-feira (15), Fernanda, com o auxílio de um representante da embaixada de Angola, conseguiu obter o atestado de óbito do noivo. "A embaixada enviou uma pessoa que está me ajudando a solucionar todos os trâmites burocráticos. O Luis tinha muitos conhecidos também na embaixada e eles prontamente se propuseram a nos ajudar, inclusive com doações. O apoio deles tem sido fundamental".

O TRASLADO

Os próximos passos já estão definidos e, na semana que vem, o corpo do jornalista será levado até Angola. "Na segunda-feira ele seguirá de avião até o Rio de Janeiro e precisará ficar lá até a quinta-feira (22) para que seja providenciada toda a documentação. Devemos chegar em Luanda (capital angolana) na sexta-feira (23) e prosseguiremos com o nosso propósito. Com o que arrecadamos, conseguirei ir a Angola e também o meu primo, José Roberto, a quem tenho como um irmão. Ele me ajudou demais nesse momento difícil", explicou.

Fernanda ainda contou que tem mantido contato com a família do noivo. "Tenho falado muito com os familiares, mesmo com a comunicação não sendo das melhores. Os amigos dele lá em Angola também estão colaborando comigo e todos também estão sentidos com a perda", detalhou Fernanda.

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Quero mais uma vez agradecer a todos que de alguma forma colaboraram. Isso só será possível por causa de todos vocês, por isso agradeço publicamente. Meu noivo merece essa despedida ao lado da família dele

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O ACIDENTE

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Luis estava em uma bicicleta, pela Avenida Norte Sul, em Jardim Camburi, já próximo à saída para Avenida Dante Michelini, quando colidiu na traseira de um carro, modelo Fox, e acabou caindo na frente de outro veículo, modelo Soul/Kia, sendo atropelado em seguida. O jornalista foi socorrido pelo Samu e encaminhado ao Hospital Estadual de urgência e Emergência, porém não resistiu aos ferimentos.

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