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ES pode ficar este ano sem campanha de vacinação antirrábica

ES pode ficar este ano sem campanha de vacinação antirrábica

O problema na distribuição das doses para a campanha anual apareceu devido a problemas técnicos na produção da vacina, segundo informou o laboratório fornecedor ao Ministério da Saúde

Publicado em 4 de agosto de 2019 às 15:00

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Campanha antirrábica só deve acontecer em 2019 . (Caíque Verli)

O atraso no repasse de doses de vacinas contra raiva animal, de responsabilidade do Ministério da Saúde, deve fazer com que o Espírito Santo fique sem campanha de vacinação antirrábica em massa de cães e gatos em 2019. Prevista inicialmente para outubro, a próxima campanha, que ocorre geralmente uma vez por ano, deve ficar para o primeiro trimestre de 2020. Esta é a estimativa da secretaria de Estado da Saúde. 

A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que atinge mamíferos, inclusive o homem, e é transmitida principalmente por meio da mordida de animais infectados. O último caso em animais no Espírito Santo foi diagnosticado em 2011, em um gato na cidade de Colatina. Já a última ocorrência em humanos no Estado ocorreu em 2003, em Laranja da Terra.  Os casos mais recentes no Brasil, nos últimos quatro anos, foram provocados por uma variante do vírus proveniente do morcego. 

Segundo Rúbia Tabachi, referência técnica em Raiva da Secretaria de Estado da Saúde, essa falha na distribuição de doses não atinge a vacinação de rotina que acontece nas unidades de saúde, quando um animal é diagnosticado com a doença, e nem a vacinação de bloqueio nos animais, que é aquela feita em locais considerados de risco.

ES pode ficar este ano sem campanha de vacinação antirrábica

"Para uma campanha grande, a gente não consegue realizá-la em outubro, mas assim que recebermos, faremos. Ou seja. nós não vamos ficar sem campanha. Nós não vamos ficar sem campanha, vamos ter que atrasar a campanha", destaca a especialista.

As doses usadas na vacinação de rotina e de bloqueio são provenientes do estoque que sobrou da última campanha em massa, realizada no ano passado. Além disso, o Estado pode solicitar mais doses todo mês para esses tipos de vacinação - rotina e bloqueio -, mas não houve novos pedidos em 2019, segundo o Ministério da Saúde.

O problema na distribuição das doses para a campanha anual apareceu devido a problemas técnicos na produção da vacina, segundo informou o laboratório fornecedor ao Ministério da Saúde. A pasta tem informado aos Estados que o laboratório afirma que deve regularizar essa entrega até novembro.

Até lá, a vacinação de rotina segue nas unidades de saúde. Apesar de, segundo Rúbia, não ter um alerta de falta de doses nessas unidades no Estado, seja para gatos, cachorros ou para pessoas mordidas pelos bichos, a especialista orienta que os capixabas tenham mais atenção com animais desconhecidos.

"Hoje, o Estado tem em média 15 mil atendimentos de agressão causada por animais por ano. A gente pede encarecidamente que as pessoas evitem contato com animais que não conhecem, aqueles que estão na rua, para evitar essa ocorrência", reforça.

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Em nota, o Ministério da Saúde informou que há doses da vacina antirrábica para animais em quantidade suficiente para atender a demanda mensal dos estados quanto à vacinação de bloqueio de foco, que ocorre quando um animal é diagnosticado com o vírus da raiva. Sobre as doses em maior quantidade, usadas em campanhas de vacinação, garantiu que está empenhado em solucionar este atraso junto ao laboratório fornecedor da vacina, e ressaltou que as doses serão enviadas aos estados assim que a produção for normalizada.

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