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Famílias participam de missa em memória das vítimas de trânsito no ES

Famílias participam de missa em memória das vítimas de trânsito no ES

O evento, que ocorre há 13 anos, em Vila Velha, contou com a presença e apoio do senador Fabiano Contarato

Publicado em 4 de agosto de 2019 às 19:51

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13ª Missa em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito. ( Kaique Dias)

A "Missa em Memória das Vítimas de Trânsito" aconteceu, às 16h deste domingo (4), no campinho do Convento da Penha, em Vila Velha. O evento já ocorre há 13 anos e contou com a presença e apoio do senador Fabiano Contarato, que atuou por mais de 10 anos na Delegacia de Delitos de Trânsito.

De acordo com a organização do evento, a intenção é reunir pessoas em solidariedade às famílias que foram vítimas da violência no trânsito e, também, marca o Dia Estadual em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, instituído para acontecer sempre no primeiro domingo de agosto, conforme a Lei Estadual nº 9.689/2011.

O senador Fabiano Contarato, que participa da organização do evento, critica a eficiência de todas estâncias estatais em relação a segurança no trânsito. "Ele falha na fiscalização, falha na educação e falha na legislação. Eu costumo sempre dizer que, no Brasil, em matéria de trânsito, o único condenado é a família da vitima, que sofre pela dor da perda e pela certeza da impunidade."

13ª Missa em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito. ( Kaique Dias)

Contarato ainda completou dizendo que "passou da hora do Estado ser mais humanizador, se colocar na dor do outro", se referindo ao desamparo às famílias das vítimas e a falta de eficiência pública em relação ao trânsito.

"Infelizmente você não vê mais blitze, você não vê fiscalização. O motorista tem que sair de casa com a certeza de que ele vai ser parado em uma blitz para fiscalização. Mas, infelizmente, não é isso que acontece. Além disso, ele tem que ter a certeza que, caso ele se envolva em um acidente após, por exemplo, ele ter ingerido bebida alcoólica ou qualquer substancia de psicoativa, ele irá preso." concluiu o senador.

LEMBRANÇAS E INJUSTIÇA

Familiares que perderam parentem em acidentes de trânsito. (Kaique Dias)

Familiares que perderam entes queridos em acidentes de trânsito descrevem como têm vivido depois das tragédias. Muitos ainda buscam por justiça, como a doméstica Elvina de Carvalho Littig, de 65 anos, que perdeu a filha, Fabiana de Carvalho Littig, e o neto Luiz Fabiano Littig Pereira há dois anos.

A doméstica afirma ainda que foi à missa para chamar atenção das pessoas sobre a situação e que ela e a família se sentem abandonados. "Foi a pior notícia que eu já recebi na minha vida toda. Eu não desejo isso nem para o meu pior inimigo. Até agora, não teve solução nenhuma. Estão todos soltos, por aí, para fazerem mais vítimas. A gente sabe que o dinheiro não vai trazer a vida da filha da gente, mas eles têm que pagar. Se não pagam com a punição da Justiça, que paguem com dinheiro então", reclama.

A contadora Alessandra Müller Estevam, 38 anos, perdeu o irmão, que era motorista. Ela conta que a dor da saudade nunca passa, mas que os amigos sempre lembram como o irmão dela era uma pessoa boa, feliz e divertida e que isso ajuda a consolar. A contadora ainda cobra por justiça, já que os acusados pelo acidente continuam soltos.

"Infelizmente, o meu irmão perdeu a vida e o outro motorista está solto, podendo fazer outras vítimas, outras famílias sofrerem, como nós estamos sofrendo desde que o momento que recebemos a notícia. A gente não esquece a dor. Estar aqui hoje é buscar consolo. Cada um dos familiares, amigos, vizinhos sentem a falta dele até hoje", desabafa. 

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Com informações de Kaique Dias

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