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Usuários têm diferentes opiniões sobre mudanças na Terceira Ponte

Usuários têm diferentes opiniões sobre mudanças na Terceira Ponte

Ciclistas acham medida benéfica. Motoristas e motociclistas mostram preocupação com menos espaço e fim do "corredor"

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 00:25

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Esboço de como vai ficar ciclovia na Terceira Ponte. (Divulgação | Governo do Estado)

Após o Governo do Estado apresentar o projeto de mudanças na Terceira Ponte, como a inclusão de uma faixa para cada sentido, ciclovia e um mirante, os principais interessados nas alterações – motoristas, motociclistas e ciclistas – se dividiram em opiniões sobre a proposta.

Para os ciclistas, que agora terão uma opção de travessia entre as cidades, o projeto foi visto com bons olhos. Atualmente, quem precisa fazer trajetos de bicicleta entre Vitória e Vila Velha tem duas opções: a passarela das Cinco Pontes, entre os bairros São Torquato e Ilha do Príncipe; e o BikeGV, serviço de transporte de bicicletas que cruza a Terceira Ponte.

O estudante Renan Ferber, 28, diz que a solução veio tarde e ainda tem ressalvas quanto à implantação. “Apesar de tardio, já que está sendo pautado desde 2014, a gente também está com o pé atrás se realmente vai sair. Gostaríamos muito, pois é uma demanda necessária. É um projeto muito bem-vindo”, disse.

O estudante Renan Ferber diz que a solução veio tarde e ainda tem ressalvas quanto à implantação da ciclovia na Terceira Ponte. (José Carlos Schaeffer)

Para o piscineiro Renan Bregonci, 30, que utiliza o Bike GV todos os dias, aprovou a iniciativa. Segundo ele, a nova opção de passagem vai agilizar a rotina. “Ficar esperando o ônibus para atravessara ponte atrasa muito. Ter uma ciclovia vai agilizar o meu trabalho. A gente espera que aconteça. Vai ser benéfico pra mim e pra muita gente”, relatou.

Os motociclistas e motoristas, também diretamente afetados pelas mudanças, se divergem quanto a funcionalidade do projeto. Para alguns, o maior número de faixas vai dar mais fluidez ao tráfego. É o que pensa o motorista de aplicativo Jefferson Barros, 32. “Para aumentar o fluxo eu acho que é valido sim, principalmente no horário de pico”, afirmou.

O motorista de aplicativo Jefferson Barros afirma que a mudança é válida. (José Carlos Schaeffer)

Para outros, a diminuição da largura das faixas preocupa. Segundo o autônomo, Anderson Brunoro, o certo seria aumentar o espaço físico para os veículos. “O certo seria aumentar o espaço físico e não diminuir. Porque cada vez mais se tem carro na rua e isso não vai resolver o problema do motociclista”, destacou.

O fim do “corredor” (passar entre os veículos), adiantado pelo secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, quando a ponte estiver com as modificações instaladas, preocupa também os motociclistas. O motoboy Rafael Bregonci, 40, afirma que isso vai aumentar o tempo de trajeto. “Vai atrasar um pouco pra gente que trabalha com entrega, com material de muita pressa. Vai agarrar um pouco pra nós”, reclamou.

O motoboy Rafael Bregonci afirma que o fim do "corredor" vai aumentar o tempo de trajeto. (José Carlos Schaeffer)

Diferente das dúvidas e incertezas dos usuários, o governo afirma que as mudanças vão diminuir o tempo do trajeto. Segundo o secretário Fábio Damasceno, as novas pistas vão reduzir em 30 minutos o tempo de travessia na ponte em horários de pico. Já sobre o corredor, o secretário também informou que será estudada a possibilidade dos motociclistas passarem pela faixa voltada exclusivamente para os ônibus.

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Com seis faixas, três em cada sentido, ciclofaixa nos dois lados da ponte e barreira de proteção, o projeto deve custar R$ 100 milhões e a expectativa é de que a obra fique pronta em três anos, após o trâmite de licitação do projeto.

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