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Colinas Coralinas, a nova descoberta de capixabas na Ilha de Trindade

Colinas Coralinas, a nova descoberta de capixabas na Ilha de Trindade

Durante expedição que durou 14 dias foram descobertos novos ambientes submersos na Ilha de Trindade, uma das maiores reservas marinhas do mundo

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 15:39

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Ilha de Trindade foi visitada e explorada por pesquisadores do ES. (TV Gazeta)

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade de Vila Velha (UVV) visitou a Ilha de Trindade, a 1.160 km de distância da costa do estado, para estudar o desenvolvimento da vida marinha do arquipélago. A expedição durou 14 dias e novos ambientes submersos foram descobertos pelos profissionais.

"É uma cordilheira chamada cadeia Vitória-Trindade. Ela inicia a 100 km de distância de Vitória e termina na Ilha de Trindade. Existem cerca de 30 dessas montanhas submarinas que se estendem daqui até a Ilha de Trindade e tivemos a oportunidade de visitar algumas delas", destacou o biólogo Hudson Pinheiro, coordenador do estudo.

O trabalho feito pelos pesquisadores estuda a evolução das espécies de peixes que vivem na Cadeira Vitória-Trindade. São animais que só existem nos montes submarinos e nas ilhas do litoral do Espírito Santo, conforme explica Hudson Pinheiro.

Espécies de peixes têm sido estudadas por pesquisadores da Ufes e da UVV . (TV Gazeta)

"Conseguimos encontrar e estudar a distribuição de espécies que só tem ali na Cadeia Vitória-Trindade, que chamamos de espécies endêmicas. Estamos descrevendo esse ambiente que nós chamamos de Colinas Coralinas, que abriga uma grande diversidade de espécies em alto mar. No local, mergulhamos e conhecemos melhor o Banco Davis, que é situado a 600 km da costa. O topo dele fica a 70 metros de profundidade e conseguimos achar esses ambientes que chegam do fundo do Oceano Atlântico até a superfície", afirmou.

O biólogo conta ainda que a Cadeia Vitória-Trindade possui uma grande variedade de espécies que estão sendo estudadas. Hudson Pinheiro pontua que a região submersa é importante também para a manutenção de estoques pesqueiros.

"É muito importante para o Brasil e o Espírito Santo essa área. Estamos descobrindo que esse ecossistema é considerado um dos melhores locais para os estudos científicos de ecologia e evolução. Por causa do isolamento, essas espécies começam a ficar diferentes e conseguimos notar melhor esse processo de origem das espécies marinhas e é muito importante para o desenvolvimento sustentável capixaba. É uma região onde existe muita pesca e com essas informações os órgãos gestores podem trabalhar, ordenar e manejar melhor a atividade pesqueira para que o peixe nunca falte", concluiu o pesquisador.

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