Após a primeira avaliação, realizada na manhã deste sábado (21), a Defesa Civil de Vitória interditou oito imóveis vizinhos da loja de tecidos que foi destruída por um incêndio nesta sexta-feira (20), sendo dois prédios (um de 11 e outro de quatro andares), dois sobrados e quatro casas. No total, cerca de 70 pessoas estão desalojadas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Vitória, Jonathan Jantorno, a interdição foi necessária pois a laje do galpão da loja - onde começou o incêndio - corre o risco de desabamento, podendo atingir o prédio de 11 andares. No entanto, não há risco de queda dos prédios ou de outros imóveis.
"Inicialmente, não há risco de desabamento. Não há indícios que apontem esse tipo de risco de colapso na estrutura. Porém, existe uma estrutura atrás do prédio em que, lá sim, existe um risco de desabamento da laje, que é o galpão onde ocorreu o incêndio", explicou.
Como os bombeiros ainda realizam o trabalho de rescaldo e controle total dos focos de incêndio, a Defesa Civil deve realizar outra vistoria após o encerramento total dos trabalhos. "Assim que o combate ao incêndio for finalizado, fizer todo o rescaldo, a gente vai voltar aqui para uma análise mais detalhada e minuciosa de toda a área", disse.
MORADORES DESALOJADOS
Os moradores do edifício Sassine, de 11 andares e vizinho da loja destruída pelo fogo, foram liberados apenas para buscar pertences pessoais e saírem do prédio, já que o imóvel é um dos que estão interditados.
Parte do reboco do prédio se soltou com o calor das chamas. No terceiro andar, houve a abertura de uma parede no contato com a estrutura do galpão. Foi no quarto da auxiliar de serviços gerais, Eliene Família, 61. Ela afirma que não sobrou nada no comôdo e não tem local definido para ir. "Meu quarto foi muito atingido. Perdi tudo. Tem dois buracos. A gente subiu e pegou o que deu. Meus documentos se perderam, meu quarto acabou", lamentou
Outros moradores estão providenciando ajuda com igrejas para receber os vizinhos que não tem um local para ficar. Já o prestador de serviço Elias Pereira, 54, que vai para a casa da filha, afirmou que agora espera uma resposta para saber se pode ou não voltar para o apartamento. "Agora é esperar, ver o que vão arrumar aí. Esperar essa avaliação para saber quando, o tempo. Não falaram o tempo ainda", relatou.
De acordo com a Defesa Civil, não há prazo para que os moradores retornem aos imóveis interditados.
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