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Ponto a ponto: o incêndio que destruiu loja e afetou casas e prédio

Ponto a ponto: o incêndio que destruiu loja e afetou casas e prédio

Tudo sobre o incêndio na Vila Rubim que destruiu loja de couros e galpão no Centro de Vitória na tarde desta sexta-feira (20)

Publicado em 21 de setembro de 2019 às 00:38

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Incêndio na Vila Rubim, em Vitória. (Esthefany Mesquita)

Um incêndio de grandes proporções destruiu uma loja e um galpão de couros, tecidos e demais produtos inflamáveis, na tarde desta sexta-feira (21), na Vila Rubim, Centro de Vitória.

Segundo testemunhas, as chamas começaram por volta das 15h30. Labaredas e muita fumaça tomaram conta da região. O Corpo do Bombeiros informa que foi acionado às 15h50. As chamas destruíram toda a loja e o depósito.

Com um total de 40 bombeiros, o fogo ficou sob controle horas depois do combate, por volta das 20 horas, quando o incêndio estava apenas concentrado na área destruída, sem risco de se alastrar, atingindo imóveis vizinhos.

IMÓVEIS AFETADOS

Moradores de 10 casas e de um prédio, vizinhos da loja e galpão destruídos pelas chamas, tiveram que deixar os lares, após recomendação do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Isso porque as altas temperaturas das chamas que consumiram o estabelecimento de couros e tecidos superaqueceu estruturas vizinhas.

A recomendação foi de que esses moradores deixassem as residências até que o trabalho de resfriamento fosse feito. A previsão é de que neste sábado (21), todos posso retornar aos imóveis. A Defesa Civil de Vitória, com uma equipe de engenheiro, fará uma vistoria para avaliar a estrutura dos imóveis vizinhos.

FERIDOS

Apesar das proporções gigantescas do incêndio, não foram registrados feridos. Na loja e no galpão trabalhavam 22 funcionários. Todos saíram ilesos. “O consolo é que nenhuma vida foi perdida”, disse o empresário que perdeu tudo o que tinha no incêndio.

PERDA TOTAL

Amparado por familiares, funcionários e amigos, o dono da loja agradeceu a Deus por ninguém ter ficado ferido. “Tudo isso é muito doloroso porque são 40 anos de trabalho que a gente sabe que não vai conseguir recuperar. Mas fica ainda um consolo que nenhuma vida foi perdida”, disse o comerciante Moisés Alves da Cruz.

2019-09-20 - Incêndio na Vila Rubim, Vitória. Fotos: Carlos Alberto Silva. (Carlos Alberto Silva)

A loja conta com 22 funcionários. Segundo Moisés, quando perceberam que as chamas tinham atingido o imóvel, todos saíram do estabelecimento. Uma das suspeitas é de que o foco tenha iniciado na parte dos fundos do estabelecimento.

“O fogo começou na parte de trás, ainda não sei como. Suspeito que tinha uma pessoa trabalhando, fazendo prateleira lá. É bem provável que tenha partido daí, mas tem que averiguar. Nossa maior preocupação eram as vidas humanas. Bens materiais a gente recupera”, avaliou.

LOJA NÃO TINHA ALVARÁ

A loja destruída não tem alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros. A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Carlos Wagner Borges.

O local está sem alvará desde 2017. Questionado se esse tipo de estabelecimento precisa de autorização especial para armazenar o material, ele explicou.

"Não tem autorização especial, mas precisa cumprir tudo aquilo que o Corpo de Bombeiros determina para que venha ter o alvará. São várias exigências como, por exemplo, rota de fuga, extintores de incêndio. Dependendo do tamanho da loja, sistema hidráulico preventivo. Essa loja não tinha o alvará desde setembro de 2017", detalhou.

Perguntado se a loja corre risco de desabar, ele explicou que as paredes podem ter um colapso — por conta da intensidade da queima e da temperatura elevada.

“Mas a estrutura das edificações laterais não correm risco de desabamento. Temos cerca de dez casas ao fundo do local que está pegando fogo. Jatos de água são jogados na parede do prédio para fazer um trabalho de resfriamento para impedir que haja complicação na estrutura ao lado”.

Morador de uma das casas próximas ao galpão da loja de couros, o senhor José Carlos Vieira, de 69 anos, afirma que perdeu tudo e que os dois gatinhos que ele tinha, morreram após inalar a fumaça. "Minha esposa que viu pegar fogo. Eu estava deitado. Eu moro ali pertinho, minha casa é a um metro do galpão. Minha casa acabou. Meus dois gatinhos morreram, respiraram a fumaça. Perdi tudo. Esse galpão, os vizinhos foram contra a construção dele. Mas não tem jeito. É triste", completou.

Já Patrícia Conceição Gomes, de 49 anos, mora com o marido e a enteada — mas, na hora do incêndio, estava sozinha em casa. "Só senti um cheiro de plástico queimado e quando eu fui lá fora, vi muita fumaça. Só vi depois um monte de gente desesperada, o fogo se alastrando, muita fumaça preta... Eu estava sozinha. Eu não vi como foi, como começou. Só vi depois que era um depósito e uma loja de couros, mas não sei onde começou", contou à reportagem.

RELATOS DE MORADORES

"Estamos com medo. Parece que esse fogo não vai parar. Os bombeiros não conseguem conter as chamas. Meu amigo mora na casa de frente ao galpão, não conseguimos tirar nada da casa, só o cachorro. Estamos com medo de que ele perca tudo", disse a universitária Pietra Costa, 22 anos, ainda na tarde desta sexta-feira, nas primeiras horas de combate às chamas.

O portuário Antonino Pereira da Silva, de 59 anos, relatou que estava dormindo quando percebeu o incêndio. "Eu moro em frente ao galpão. Quando vi, a fumaça já tinha tomado conta da minha casa e o calor era insuportável, eu só consegui levantar e pegar a chaves para sair correndo", disse.

COMBATE ÀS CHAMAS

Por volta das 20 horas, o Corpo de Bombeiros informou que o incêndio estava sob controle, restrito ao espaço da loja e do galpão, que foram completamente destruídos.

De acordo com o tenente-coronel Carlos Wagner, o combate deve seguir até a madrugada de sábado (21) para debelar totalmente as chamas e inicial o trabalho de resfriamento das estruturas vizinhas.

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