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Público vai escolher nomes de onças-pintadas nascidas no ES

Público vai escolher nomes de onças-pintadas nascidas no ES

Serão divulgados três possíveis nomes nas redes sociais para os filhotes e, por meio de uma votação, os nomes serão escolhidos

Publicado em 2 de setembro de 2019 às 15:19

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Nascem primeiros filhotes de onças-pintadas em cativeiro no Espírito Santo. (Divulgação | Zoo Park da Montanha)

O público que acompanhou a história dos dois filhotes de onças-pintadas vai poder participar de mais um capítulo do caso. Dessa vez, por meio de redes sociais, o público vai poder escolher o nome das onças recém-nascidas.

De acordo com informações do zoológico, Zoo Park, serão divulgados três possíveis nomes nas redes sociais para os filhotes e, por meio de uma votação, os nomes serão escolhidos. 

A VOTAÇÃO

Ainda segundo informações do parque, no final desta segunda-feira (02), os nomes serão divulgados nas redes sociais do zoológico e serão aproximadamente duas semanas de votação, sendo divulgado o nome dos dois filhotes quando a visita do público for aberta.  

O NASCIMENTO

Nasceram no dia 20 de junho dois filhotes de onças-pintadas em um cativeiro de um parque em Marechal Floriano, Região Serrana do Espírito Santo. A notícia agitou o local, já que este ano ambientalistas alertaram que o animal, de nome científico Panthera onca, está na lista de risco de extinção no Brasil.

De acordo com informações divulgadas pelo Zoo Park, a reprodução em cativeiro é considerada rara, já que é preciso que os animais estejam em um ambiente adequado, livre de estresse e que o casal tenha afinidade. Os dois irmãos são filhos da onça-pintada Tupã e do macho Negão, que morreu antes de ver os filhotes.

Negão, que era uma onça-preta deixou a genética reforçada em um dos filhotes. A variação de pelagem é chamada de melanismo — fenômeno caracterizado pela produção excessiva, concentrada e considerável do pigmento negro, a melanina. 

O primeiro a nascer foi o pintado, e cerca de 20 minutos depois nasceu o preto. A gestação das onças dura de 90 a 110 dias. Os irmãos já passaram por avaliações de veterinários e estão adaptados ao zoológico.

LADO FEROZ

Segundo o parque informou, os filhotes são brincalhões e sadios, e já mostram um lado feroz — um exemplo é que já começaram a comer carne moída. Na manhã desta sexta-feira (30), eles tomaram o primeiro banho sob o olhar atento da mamãe onça, que chegou a retirar um dos filhotes da água. 

Nascem primeiros filhotes de onças-pintadas em cativeiro no Espírito Santo. (Divulgação | Zoo Park da Montanha)

No Brasil, esse é o terceiro nascimento de onças-pintadas em cativeiro em 2019. Os outros foram em Goiânia (GO) e em Foz do Iguaçu (PR).

AINDA NÃO PODEM RECEBER VISITAS

Os pequenos felinos foram avaliados pela equipe de profissionais do zoológico quando tinham 45 dias de vida. Na ocasião, já pesavam 3,9 e 4 quilos. Eles ainda não poderão ser vistos pelos visitantes do zoológico, já que por precaução, eles precisam estar maiores para não se estressarem com a presença de pessoas. 

Nos próximos dias, os visitantes do local poderão ver o dia a dia da mãe Tupã e os filhotes, por uma tela de TV. Ainda não se sabe quando o sistema estará disponível.

FILHOTES CAPIXABAS

Os filhotes são capixabas, mas a mãe Tupã, que vive há cinco anos no zoológico, veio do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército, que fica em Manaus, no Amazonas. Negão chegou ao zoológico vindo de Belem do Pará.

Nascem primeiros filhotes de onças-pintadas em cativeiro no Espírito Santo. (Divulgação | Zoo Park da Montanha)

A veterinária Kristal Furno informou que no Brasil há uma única espécie de onça-pintada.  "A população de felinos em cada um desses biomas sofre diferentes tipos e níveis de ameaças, por isso é importante a reprodução em cativeiro. E quando isso acontece, como é o nosso caso no zoológico, é um dos indicadores de que os animais estão sendo bem tratados e com o ambiente adaptado a eles", disse.

REPRODUÇÃO EM CATIVEIRO É DIFÍCIL

A reprodução em cativeiro dessa espécie não é fácil. A bióloga Thatiane Láxaro pontuou que é preciso de manejo e muito cuidado, pois é natural da mamãe onça comer os filhotes, principalmente por estresse ou medo — um dos motivos de os filhotes ainda não estarem disponíveis para serem vistos no local.

Ainda segundo a bióloga, a reprodução em cativeiro contribui muito para a conservação da espécie. “Esses filhotes podem fornecer material genético para projetos de pesquisa que trabalham nessa causa, tentando a reintrodução de animais em vida livre”, detalhou.

O período de aproximação entre o macho e a fêmea demorou, aproximadamente, seis meses até a total interação entre eles. A equipe técnica, composta pela bióloga Thatiane, a veterinária Kristal e o veterinário Eduardo Lázaro de Faria da Silva, acompanhou desde a cópula ate os primeiros sinais de contração.

Foram instaladas câmeras na área de manejo, onde todo o parto, bem como os primeiros cuidados da mãe com os filhotes foram acompanhados. 

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Ficamos 24 horas de plantões, monitorando os filhotes e acompanhando todo comportamento da mãe, que é uma mãezona

Kristal Furno, veterinária
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PRESERVAÇÃO DE ESPÉCIE

Conforme relatou a gestora do Zoo Park da Montanha, Rosângela Vieira, o objetivo é continuar contribuindo com a preservação da espécie, com a reprodução de mais onças. 

Nascem primeiros filhotes de onças-pintadas em cativeiro no Espírito Santo. (Divulgação | Zoo Park da Montanha)

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“Temos mais uma onça, a Tainá, que queremos que reproduza também. Uma das funções dos zoológicos é a manutenção de espécies. E se conseguirmos reproduzir mais onças-pintadas, podemos enviar para outros locais no Brasil que trabalham na manutenção da espécie”, contou Rosângela.

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