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Rios que abastecem a Grande Vitória estão com nível crítico de vazão

Rios que abastecem a Grande Vitória estão com nível crítico de vazão

No entanto, Cesan e Agerh afirmam que o abastecimento ainda está dentro da normalidade

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 16:20

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O rio Jucu, que abastece parte da Grande Vitória, também está sofrendo com esse período de escassez. (Fernando Madeira )

Os rios que abastecem a Grande Vitória – Jucu e Santa Maria – estão com a vazão em níveis críticos. A informação consta no boletim de monitoramento da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). No entanto, o diretor-presidente do órgão, Fábio Anhert, afirma que a vazão ainda está dentro de uma margem de segurança necessária para garantir o abastecimento da população.

Rios que abastecem Grande Vitória estão com nível crítico de vazão

De acordo com a última medição, o rio Jucu está com uma vazão de 6.536 l/s (litros por segundo), pouco acima do nível crítico, que é de 6.260 l/s. Para se ter uma ideia do quão baixo está o volume de água, a média mensal de vazão é de 15.965 l/s. Já o Santa Maria da Vitória está com uma vazão de 2.886 l/s, abaixo do nível crítico que é de 2.895 l/s. A média de vazão do rio é de 7.525 l/s. Os dois abastecem cerca de 1,5 milhão de pessoas na Grande Vitória.

Em entrevista à rádio CBN Vitória na última segunda-feira (23), Fábio Anhert afirmou que o momento atual é o mais seco do período, mas que o acompanhamento é feito diariamente e os níveis estão dentro de uma margem de segurança para abastecimento. "É a fase mais aguda do período de estiagem. Mas, a gente tem uma previsão otimista que vai conseguir chegar bem até o próximo período úmido”, disse.

Anhert também explicou uma parceria do governo estadual com a EDP, que administra o reservatório do Rio Bonito, em Santa Maria de Jetibá. Caso seja necessário, a empresa libera água para incrementar a vazão do rio Santa Maria da Vitória e evitar problemas no abastecimento.

“Existe já uma cooperação técnica com eles. Mas a gente já aciona eles no sentido de que, se houver necessidade, se o nível cair abaixo de um valor limite que comece a colocar o risco do abastecimento, eles tem que liberar água do reservatório para que não venha faltar água para a população”, explicou.

Além disso, o órgão informou, por nota, que em casos de queda contínua da vazão dos rios, adota procedimentos para o uso da água em determinadas bacias, restrições de uso para agricultura e indústria, entre outras medidas, já que o abastecimento humano e animal é priorizado em situações de escassez.

Inaugurado em 2017, após mais um período de crise hídrica enfrentada no estado, o sistema de captação de água do rio Reis Magos, na Serra, gera um grande complemento no fornecimento de água segundo a Agerh. O órgão ainda não contabiliza a vazão no rio, mas afirma que pretende instalar uma estação de monitoramento hidrológica no sistema da Cesan no local.

Responsável pela captação e fornecimento de água na região metropolitana, a Cesan informou, por nota, que a falta de chuva é sempre um ponto de atenção, mas que o abastecimento na Grande Vitória está dentro da normalidade até este momento. A empresa destacou ainda os cuidados a serem tomados pela população com o uso da água, evitando banhos demorados, lavar garagens, calçadas, piscinas, reservatórios, carros, ou qualquer outra atividade que exija água em quantidade.

O período de seca que atinge o Espírito Santo já afeta municípios das regiões Serrana e Noroeste. Desde a última semana, a Cesan anunciou o racionamento de água em Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e Mantenópolis. Além deles, Itaguaçu e São Roque do Canaã, também estão tendo o fornecimento de água feito de forma parcial. Em Colatina, Itarana e Afonso Cláudio, agricultores só podem captar água em dias alternados e horários específicos.

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