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TV japonesa vai mostrar as belezas do Espírito Santo

TV japonesa vai mostrar as belezas do Espírito Santo

Vinda é motivada pelo Mundial Sub-17. A jornalista Kiyomi Nakamura, fez uma reportagem abordando o Kleber Andrade, o Convento da Penha, a moqueca e outros ícones capixabas

Publicado em 17 de setembro de 2019 às 15:02

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Kiyomi, ao centro, gravou no Kleber Andrade, palco da Copa do Mundo Sub-17. (Divulgação/Sesport)

Sushi na moqueca? Essa fusão de comidas típicas ainda não ocorreu, mas o Espírito Santo e o tradicional prato capixaba ficarão muito bem vistos no Japão nos próximos dias. Isso porque no próximo dia 25, uma reportagem especial falando sobre nossa culinária, cultura e referências turísticas será exibida aos japoneses. A responsável por levar o que há de melhor no Estado ao outro lado do mundo é a jornalista nipônica Kiyomi Nakamura, que esteve por aqui entre os dias 19 e 21 de agosto para produzir uma reportagem especial.

Encantada com o que presenciou na curta estadia no Espírito Santo, Kiyomi contou que veio conhecer nossa região motivada pela realização do Mundial Sub-17 - o estádio Kleber Andrade foi um dos quatro selecionados para receber os jogos da competição. "Eu adorei e achei tudo muito lindo. Nunca tinha ido ao Espírito Santo, só tinha ouvido falar por reportagens. Conheci muitos lugares, adorei a receptividade dos capixabas", contou a jornalista.

ESTRELA PRINCIPAL

Como não poderia deixar de ser, os olhares de Kiyomi estavam direcionados ao estádio Kleber Andrade, em Cariacica, que receberá ao todo 16 jogos da competição, incluindo os três da seleção japonesa na primeira fase - a estreia contra a Holanda, no dia 27 de outubro, o segundo diante dos Estados Unidos, no dia 30,e por fim o duelo contra Senegal, no dia 02 de novembro, encerrando a fase de grupos. O saldo do estádio, aliás, é foi altamente positivo.

"O Estádio é muito bonito. Logo de cara impressionou pela desenho arquitetônico, chama muito a atenção. Porém o que mais gostei foram as arquibancadas. O desenho delas é diferente dos outros estádios, um colorido muito chamativo", disse a jornalista fazendo referência ao artista holandês Piet Mondrian, que serviu de inspiração para a disposição das cadeiras. O gramado também é excelente, muito bem cuidado e que vai proporcionar bons jogos", complementou.

VISITA AO CONVENTO

Kiyomi Nakamura, rezou diante da imagem de Nossa Senhora da Penha, no Convento. (Divulgação/Sesport)

O foco era o Kleber Andrade, mas a japonesa teve tempo para muito mais. Principal ponto turístico do Espírito Santo, o

também mereceu uma atenção especial na cobertura jornalística. Acompanhada do cinegrafista Ventura, ela subiu a ladeira até se deparar com o imponente símbolo religioso, além do visual único propiciado no local.

"Achei o Convento da Penha lindo e me impressionei com uma senhorinha subindo com muita dificuldade até chegar lá em cima. Mas o que mais me encantou foi a vista. Deu para ver tudo de uma visão panorâmica, as duas cidades (Vitória e Vila velha), a ponte (Terceira Ponte) e as praias. Tudo forma um cenário muito bonito. Gravei no Convento e adorei essa experiência", disse Kiyomi, que ainda visitou a Sala dos Milagres onde rezou diante da imagem de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Estado, e também tirou foto na tradicional janelinha da capela.

SERVIDOS?

A culinária capixaba não ficou de fora do roteiro e Kiyomi não se restringiu apenas a comer a moqueca, ela pôs literalmente a mão na massa, ou melhor, na panela de barro. Já em um dos quiosques na Orla de Camburi, em Vitória, a jornalista aprendeu como se prepara o tradicional prato capixaba e aprovou nossa culinária.

Kiyomi aprendeu a fazer a tradicional moqueca capixaba. (Divulgação/Sesport)

"Foi uma delícia. A Regina (proprietária de um dos quiosques) me deu as dicas para fazer a moqueca. Eu já conhecia o prato, mas a versão baiana. Achei a versão capixaba deliciosa", disse a japonesa, que ainda teve tempo até de tocar casaca e ver a produção das casacas, instrumento utilizado nas rodas de congo.

LIGAÇÃO COM O BRASIL

Já são 18 anos de Brasil, tempo que ela jamais imaginava atingir em solo brasileiro. Radicada no Rio de Janeiro, Kiyomi embarcou em um projeto piloto ainda em 2001 e desde então viu a própria vida mudar.

"Na verdade minha ligação com o Brasil começou em 1998, um pouco antes da França. Na comissão técnica do Brasil havia o Zico, que tem uma forte ligação com o Japão por já ter jogado lá anos antes. Esse foi meu primeiro contato. Depois teve o Mundial realizado no Japão e Coreia do Sul em 2002. Mas antes, ainda em 2001, eu decidi vir ao Brasil para conhecer e mostrar aos japoneses tudo sobre vocês, não apenas o futebol. Talvez os brasileiros não tenham a dimensão, mas a Seleção Brasileira, especialmente, é venerada pelos japoneses, nós amamos o futebol e o povo brasileiro. Era para ficar só três meses, mas já estou um pouquinho mais", contou Kiyomi aos risos.

A correspondente internacional agora tem a missão de mostrar tudo o que vivenciou no Espírito Santo na TV japonesa. E para garantir fielmente que tudo seja abordado, ela contará ao vivo a experiência vivida no Estado. "Embarco na próxima semana ao Japão".

Kiyomi também conheceu a casaca e o tradicional Congo capixaba. (Divulgação/Sesport)

Serão trinta minutos de reportagem, sendo metade para falar da cobertura do Mundial e a outra abordando a cultura da região. Sempre apresento as cidades nas coberturas. A matéria vai ao ar no próximo da 25 e estou empolgada para contar tudo o que presenciei no Espírito Santo", garantiu.

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Kiyomi é bastante conhecida no mundo esportivo por cobrir a Seleção Brasileira, além de ser figura certa e cativante nas coletivas de imprensa e eventos que envolvam o esquadrão canarinho. A jornalista já planeja a volta ao Espírito Santo, pois cobrirá a estadia do Japão durante a competição. "Eu volto com certeza", finalizou a jornalista.

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