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5 dicas para não desistir de estudar para concurso público

5 dicas para não desistir de estudar para concurso público

Reprovação, restrição orçamentária demora no lançamento do editais são alguns fatores que podem desmotivar os candidatos; professor orienta em como seguir em frente

Publicado em 10 de maio de 2019 às 15:13

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Candidatos precisam estudar muito para conseguir uma vaga. (Jeshoots / Pixabay)

Passar em um concurso público exige muito estudo e dedicação. E para atingir a meta de ser aprovado em uma vaga do serviço público, é preciso abrir mão de horas de lazer para ficar horas estudando. Mesmo com todo esforço, ainda é possível se sentir desmotivado a continuar, principalmente após uma reprovação.

No entanto, alguns outros fatores podem contribuir para a falta de estímulo para se dedicar aos livros. Confira algumas dicas do professor de Direito Constitucional da UFRJ, Fernando Bentes.

1 - Crise econômica, crise fiscal e concursos públicos

Com a crise fiscal do Estado brasileiro – especial destaque ao déficit previdenciário – muito se discute sobre a realização ou não de concursos públicos no país.

Segundo Bentes, o governo precisa sinalizar ao mercado que irá segurar os gastos, sob pena de os investidores não confiarem na saúde financeira do Brasil e, portanto, não aplicarem recursos nas atividades econômicas internas.

“Se o discurso caminha por esse lado, é fato que o Estado precisa realizar concursos públicos. Em alguns casos, a necessidade é muito óbvia. É necessário recrutar quadros para áreas estratégicas e essenciais, como educação, saúde e segurança pública. Em outros setores, sem concursos públicos para a área fiscal e advocacia pública, o próprio Estado possui um déficit na arrecadação que prejudica seu equilíbrio de contas”, aponta.

2 - Concursos públicos serão abertos

Bentes lembra que o Estado não opera sem servidores públicos. Ele analisa que o governo não vai conseguir implementar sua ideologia, suas metas, agenda, suas políticas públicas, sem braços humanos para executar. E esses braços são os seres humanos que irão estudar, passar e ocupar as vagas à disposição no serviço público.

Além disso, é preciso diferenciar poderes e entes federativos. O discurso do executivo federal não atinge concursos para o legislativo nem para o judiciário. Portanto, Senado, Câmara dos Deputados, Justiça Federal e Justiça do Trabalho devem – e precisam – realizar concursos públicos.

Bentes lembra que Estados e Municípios também são autônomos para realizar seus concursos públicos e devem divulgar bastantes vagas neste e nos próximos anos.

“Sendo assim, é bem fácil perceber que o discurso do executivo federal sobre restrições orçamentárias a concursos públicos funciona bem para sinalizar uma postura mais criteriosa no gasto público, mas não deve ser tomado como uma tendência de que não haverá certames abertos em 2019, 2020 e nos anos seguintes. Um exemplo disso? O governo Temer realizou um concurso para a Polícia Federal com 500 vagas para agentes e o atual governo, com todo o discurso restritivo, aumentou estas vagas para 1.000! Para o candidato mais atento, basta se informar com os concursos que já saíram em 2019: são vagas para polícias militares, polícias civis, judiciário, área fiscal, enfim...muitas vagas estão à disposição em 2019 e isso deve continuar em pelos próximos anos, quando o milhares de servidores irão se aposentar”, alerta.

3 - O Momento de estudar é agora

O professor aconselha que o candidato tenha empenho, disciplina e concentração para confiar em seu estudo, em sua trajetória de sucesso e aplicar suas energias nos concursos que vão sim continuar surgindo no Brasil. “Afinal de contas, servidores públicos são necessários e precisamos mudar este país”, ressalta.

4 - A reprovação é normal, é apenas o primeiro passo

“Muitas vezes você se empenha muito e no final... não é aprovado por poucos pontos ou não fica classificado no número de vagas. A reprovação causa uma dor revoltante, porque parece que tanto esforço foi em vão. Mas a verdade não é esta. Poucos candidatos passam na primeira vez que fazem concurso ou estudando apenas alguns meses”, afirma.

Segundo o professor, a jornada normal do aprovado em concurso é estudar, colecionar algumas reprovações, entender o que errou, refazer sua estratégia de estudo para atingir a perfeição, até que, de repente...ele começa a ser aprovado em vários concursos ao mesmo tempo, um atrás do outro.

“Portanto, encare a reprovação como um teste, não esmoreça. Ela é apenas uma etapa necessária no caminho da aprovação”, lembra.

5 - Manter a motivação sempre

Quem estuda para concursos públicos sabe que a tarefa não é fácil. É preciso abdicar vida pessoal, da família e do convívio em festas e eventos sociais. São horas e horas de estudo, durante meses ou anos, sem saber se terá sucesso ou não na aprovação.

Bentes alerta que o primeiro passo para ser aprovado em um concurso é definir claramente o que faz o candidato feliz, porque ele está estudando para concursos. Seu objetivo é ganhar bem? Quanto seria isso? Ou a meta é ter estabilidade? Ou status? Trabalhar com o que gosta e ter realização profissional?

“Enfim, quando isto estiver claro, o candidato saberá se os concursos para os quais estuda vão efetivar o que deseja. E a cada dia, a cada hora, a cada minuto de estudo, ele estará feliz por estar construindo seu caminho para o sucesso. Se isto estiver claro e cristalino, ficará sempre motivado, independente dos sacrifícios que possa fazer nesta trajetória. O próprio estudo não será encarado como um estorvo, mas com felicidade e alegria na busca de seu sonho”, avalia.

Conforme Bentes, a definição deste propósito vai fazer com que o candidato esteja sempre motivado e não desista nunca.

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“Se ele se mantiver com este espírito, se encarar seu cotidiano de estudo com otimismo, com a certeza de que será aprovado, a caminhada será muito mais prazerosa e no futuro, ele poderá dizer: eu quis, eu me preparei e fui aprovado. E será mesmo”, argumenta.

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