O brasileiro Cléber Rene Rizério Rocha, preso acusado de guardar US$ 20 milhões (R$ 64 milhões) sob um colchão nos Estados Unidos, teve o pedido de liberdade negado pela Justiça dos Estados Unidos.
Nesta segunda-feira (23), a Procuradoria Federal do Estado de Massachusetts publicou em sua conta do Twitter uma fotografia que mostrava as cédulas de dólares encontradas no apartamento onde o brasileiro foi preso.
Cléber, que morava no Espírito Santo, foi preso em Massachusetts, nos EUA, no último dia 4 de janeiro. Ele é acusado de lavagem de dinheiro em um esquema multibilionário de fraudes que envolve a TelexFree, uma empresa de telefonia por internet (Voip) acusada de promover pirâmides financeiras.
De acordo com a investigação norte-americana, Cléber atuava como mensageiro do sobrinho do brasileiro Carlos Wenzeler, sócio da TelexFree. No dia 31 de dezembro, ele chegou aos Estados Unidos e entregou uma maleta com US$ 2,2 milhões a uma pessoa que colabora com as investigações da procuradoria de Boston. Depois desse encontro, agentes federais seguiram Cleber até um apartamento em Westborough, em Massachusetts, onde o brasileiro foi detido. Após a prisão, os investigadores voltaram ao imóvel e descobriram o dinheiro. O próprio brasileiro afirmou que o montante chegava a US$ 20 milhões.
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Fundada por James Merrill, a TelexFree é investigada pela procuradoria de Boston como um grande esquema de pirâmide de dinheiro, que ganhava pouco dinheiro com a venda de serviços, porém, gerava milhões de dólares ao fazer pessoas pagarem uma taxa de assinatura para serem promotores comerciais e publicarem anúncios online para a empresa. A empresa é sediada em Marlborough, também em Massachusetts.
Em abril de 2014, a TelexFree pediu falência com dívidas de US$ 5 bilhões. Procuradores calculam que o número de vítimas da empresa chega a 965 mil nos Estados Unidos, Brasil e outros países. As perdas dos clientes da TelexFree somam US$ 1,76 bilhão.
Merrill foi preso um mês após o pedido de falência. Ele se declarou culpado de conspiração e fraude eletrônica em outubro. Wanzeler fugiu para o Brasil em 2014 e não pode ser extraditado.
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