O presidente de Angola, João Lourenço, negocia a retomada de créditos do BNDES para obras em seu país e aponta que teria preferência para que a Odebrecht retomasse seus negócios na economia africana. Questionado pelo Estado, porém, o presidente africano garantiu que não existe risco de calote por parte das autoridades angolanas.
Lourenço se reuniu com o presidente Michel Temer, em Davos, e indicou que, nas próximas semanas, enviará uma delegação até Brasília para voltar a negociar a retomada do processo. No final de 2017, o BNDES suspendeu projetos em Angola relacionados a empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Angola é hoje a maior devedora do BNDES e Lourenço, eleito em agosto, anunciou na um pacote de ajuste que prevê a renegociação da dívida externa para lidar com o tombo nas receitas com as exportações de petróleo. Entre 2002 e 2016, o BNDES contratou US$ 4 bilhões em empréstimos com o país africano, a maioria para projetos da Odebrecht, como a construção da Hidrelétrica de Laúca.
Temer convidou Lourenço a ir ao Brasil em maio. Falamos da cooperação econômica entre os dois países, disse o africano. Abordamos a questão do BNDES e devo dizer que o ministro de Finanças de Angola chega ao Brasil em três dias para começarem a trabalhar para a retomada da linha de financiamento, explicou.
Nossa prioridade é financiar as obras públicas de grande envergadura, em construção e barragens, disse. se puder ser com a Odebrecht, tudo bem. Se não puder, que venham outras, completou.
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