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Compra de aeronaves cresce 207% no Espírito Santo

Compra de aeronaves cresce 207% no Espírito Santo

Importações totais no Espírito Santo somaram US$ 4,6 bilhões em 2017, ou seja, um aumento de 24% em um ano

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 01:32

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Importação de aeronaves mais que dobrou em 2017. (Divulgação)

O comércio exterior do Espírito Santo fechou o ano de 2017 com números mais positivos que os do ano de 2016: um crescimento de 23% nas exportações e de 24% nas importações, valores acima dos registrados pelo país.

Comércio exterior em 2017. (Infografia | A Gazeta)

Entre os produtos comprados, destaque para aeronaves (aumento de 207%) e carvão mineral (crescimento de 116%). Já entre os vendidos, o destaque é para minério de ferro (alta de 44%) e produtos siderúrgicos (cresceu 37%).

De janeiro a dezembro de 2017, as exportações acumularam US$ 8,04 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 4,61 bilhões. Entre os produtos, 54% das exportações são de semimanufaturados e de manufaturados, como celulose, placas de granito e laminados, contra 44% de produtos básicos, como o minério de ferro, o petróleo e o café – 1% são operações especiais.

Já entre as importações, 65% do total negociado são mercadorias manufaturadas, como automóveis, aeronaves, máquinas e eletrônicos.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Marcilio Machado, nas importações se sobressaem produtos de alto valor agregado. “O Espírito Santo é hoje um grande centro de importação de aeronaves, como helicópteros, um dos maiores do Brasil. São mercadorias que vão principalmente para São Paulo. Isso acontece pelo trabalho dos empresários capixabas, que vão aos grandes centros e oferecerem esse serviço de logística em que o Espírito Santo tem expertise há mais de 40 anos”, afirma.

Já em relação às exportações, ele atribui a melhora ao aumento do preço das commodities fora do país. “As exportações do Brasil aumentaram muito em função do preço, já que a maioria das commodities teve alta em torno de 10% no valor”, avalia Machado.

Apesar da melhora, o volume de exportações e importações seguem em torno de 37% abaixo de 2014, observa o economista Eduardo Araújo. “O Estado voltou ao padrão de exportações de 2009 e ao volume de 2007 nas importações”, diz.

Ainda assim, a sinalização é melhor que nos dois últimos anos, avalia. “O carvão mineral tem a ver com o movimento de alta nas exportações da indústria siderúrgica, já é o combustível delas. Já o minério de ferro tivemos uma melhora, mas o patamar também está três vezes menor que quando a Samarco operava”, afirma.

Para o economista e professor da UVV, Mario Vasconcelos, a alta no comércio exterior é um sinal positivo para a economia do Estado. “Quando a gente importa os bens que não produz, como máquinas e equipamentos, isso quer dizer que empresários locais têm boa perspectiva de crescimento da economia, seja remodelando os parques industriais ou importando insumos, e isso confirma expectativas positivas que se projetam para 2018 e 2019”, avalia.

 

Destinos dos produtos do Espírito SantoExportações em 2017, em US$

Produtos exportados pelo Espírito SantoJaneiro a dezembro de 2017

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