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Prazo de ocupação de lojas afasta investidores do novo aeroporto

Prazo de ocupação de lojas afasta investidores do novo aeroporto

Lojistas questionam tempo de dois anos para a concessão dos espaços comerciais

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 02:12

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Saguão do novo aeroporto: terminal vai contar com 80 pontos comerciais para varejo, alimentação e serviços. (Divulgação | Ricardo Ferraço)

O tempo estipulado pelo governo federal para a exploração de um ponto comercial no novo Aeroporto de Vitória tem afastado investidores interessados em abrir algum tipo de negócio no local.

Uma portaria publicada no ano passado (nº 143), pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, prevê que os contratos que sejam firmados pela Infraero tenham prazo igual ou inferior a dois anos, podendo ser prorrogados pelo mesmo período.

A medida não é exclusiva para o Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, mas tem sido alvo de muitas críticas entre empreendedores que desejam montar alguma loja no novo terminal, conforme explica a senadora Rose de Freitas (PMDB).

De acordo com ela, em geral, o prazo médio concedido para uma empresa explorar a área comercial de um aeroporto sempre foi de cinco anos. “Mas agora estão estipulando dois anos. Assim, ninguém quer participar”, pondera a parlamentar.

A justificativa dos interessados é que o custo para abrir um negócio é muito alto, não compensando, dessa forma, investir pesado sem ter a certeza de que a empresa poderá continuar atuando na área.

Segundo a Infraero, o novo Aeroporto de Vitória – previsto para ficar pronto até março – terá 80 pontos comerciais para os segmentos de varejo, alimentação e serviços. Até o momento, apenas 14 contratos foram fechados, com alugueis variando entre R$ 5 mil e

R$ 39 mil por mês. Mesmo com essa limitação do prazo de contrato, a Infraero espera que até a abertura do terminal cerca de 40 lojas estejam funcionando.

Para isso se viabilizar, a senadora avalia que é preciso fazer alguns ajustes que assegurem a instalação do setor de serviços. “É importante uma adequação que garanta segurança aos prestadores de serviço. Caso isso não aconteça, o aeroporto pode até ter uma alta movimentação, mas não vai ter serviços para oferecer.”

De acordo com a parlamentar, na tentativa de mudar essa situação, ela teve uma reunião com um representante da Infraero pedindo que o tempo de contrato seja estendido. Ainda segundo ela, o pleito foi levado ao Ministério dos Transportes para avaliar uma possível modificação.

Procurados pela reportagem, o Ministério dos Transportes e a Infraero confirmaram, nesta sexta-feira (19), que o tema vem sendo analisado pelos órgãos. "O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação informa que já vem tratando internamente do assunto junto com a Infraero com o objetivo de encontrar uma melhor solução para essa questão. O assunto será solucionado tecnicamente visando adequado atendimento aos passageiros do Aeroporto de Vitória."

Rose de Freitas também conversou com o presidente Michel Temer sobre o assunto. O encontro foi na última quarta-feira, quando, na ocasião, ela aproveitou para convidá-lo para a inauguração do aeroporto.

ESTÁGIO

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A obra do novo complexo aeroportuário está 98% concluída. O terminal de passageiros encontra-se em fase de testes das instalações elétricas e eletrônicas, montagem final das esteiras, mobiliários e acabamentos. E serão ainda iniciados os serviços de sinalização horizontal e vertical no pátio de aeronaves, pistas e acessos. (Com informações de Letícia Gonçalves).

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