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Previdência Estadual registra rombo recorde de R$ 1,75 bilhão

Previdência Estadual registra rombo recorde de R$ 1,75 bilhão

Déficit do instituto dos servidores públicos do Estado foi 11,5% maior que em 2016

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 01:46

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Assim como os números recordes do rombo na Previdência nacional, o cenário de despesas maiores que a arrecadação se repete no Estado, com um crescente déficit no Instituto de Previdência dos Servidores do Espírito Santo (IPAJM). Em 2017, o regime próprio dos funcionários públicos do poder Executivo estadual fechou com um rombo de R$ 1,750 bilhão.

O valor é 11,5% maior ao registrado em 2016, quando a conta já havia fechado no vermelho em R$ 1,570 bilhão. Os números são da Secretaria Estadual de Economia e Planejamento (SEP).

O secretário Regis Mattos, titular da SEP, ressalta que o buraco tem ficado cada vez mais fundo, o que pode comprometer os investimentos do governo nos próximos anos, se nada for feito. Nos últimos sete anos, o crescimento do rombo foi de 148% e as projeções são de que, se nada for feito, ele chegue a R$ 3 bilhões em 2030.

“Essa é uma trajetória crescente e que tende a continuar nesse ritmo acelerado. Com isso, o governo tem que aportar recursos para que o regime consiga pagar os benefícios. Mas com o aporte crescente que precisa ser feito, corre risco da gente ter que sacrificar investimentos em áreas importantes como saúde, educação e segurança pública, para manter a máquina previdenciária”, explica.

O rombo informado pela SEP diz respeito apenas ao déficit do IPAJM quanto aos servidores do poder Executivo, não sendo contados os gastos com os inativos do poderes Judiciário, Legislativo e Ministério Público.

Diante dos números, o secretário comentou da necessidade de se avançar com a reforma da Previdência, que seria o único caminho para equacionar o problema. A razão pelo rombo crescente, segundo ele, se deve ao fato de que as pessoas estão ficando por mais tempo recebendo a aposentadoria.

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“No Estado, a gente tem mais inativos e pensionistas vinculados ao regime de Previdência do que ativos contribuintes, que são os servidores efetivos. Com as pessoas vivendo mais e menos gente entrando no mercado de trabalho, a conta não fecha. Por isso, precisamos de uma reforma que estabeleça uma idade mínima compatível com a expectativa de vida”, ponderou.

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