O Brasil é considerado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o parceiro-chave mais engajado da instituição. Também foi o primeiro deles a formalizar, em maio do ano passado, em Paris, a entrada oficial no grupo, que já foi chamado de clube dos ricos. A entidade ainda não deu uma resposta oficial ao Brasil e a outros cinco países que também aguardam o aval dos membros.
A cooperação entre o Brasil e a OCDE remonta ao início da década de 1990, quando a Organização lançou seu envolvimento com quatro países latino-americanos (incluindo também Argentina, Chile e México), lembra a instituição em seu Relatório Econômico sobre o País, Active with Brazil, lançado nesta quarta-feira, 28. Nos anexos do documento, a Organização salienta que o Brasil atualmente já tem aderência em 38 de seus instrumentos legais.
Desde então, conforme o documento, a cooperação cresceu constantemente e hoje o Brasil é o parceiro-chave mais envolvido da Organização. Enfatizando em números o tamanho da economia e populacional do País, a entidade avaliou que o seu interesse em se juntar à OCDE é de grande importância estratégica.
O governo brasileiro solicitou à OCDE - uma Organização da qual somos um parceiro-chave e cujo conjunto de padrões já é amplamente compatível com a legislação brasileira, salientou o presidente Michel Temer, no relatório.
Também no documento, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, enfatizou que, para o Itamaraty, a participação do Brasil na OCDE é uma questão de realismo. É importante que o Brasil seja envolvido no debate sobre questões seminais que influenciam as negociações internacionais e debates internos sobre a gestão das políticas públicas, considerou. A adesão do Brasil, neste contexto, dará maior coerência e consistência à participação de Brasil, ao mesmo tempo em que nos permite ter uma melhor influência sobre esses debates.
G-20. No Relatório sobre o Brasil, a OCDE ressaltou que tem sido um parceiro ativo do Brasil, no âmbito das 20 maiores economias do globo (G-20), para fortalecer a economia global, acelerar a recuperação da crise e promover uma economia mais inclusiva, baseada em regras e aberta.
Como exemplo, citou a área de segurança alimentar. Enquanto a insegurança alimentar crônica continua a ser um dos principais desafios para o desenvolvimento sustentável em muitas economias em crescimento, em menos de três décadas, o Brasil mudou de um importador líquido de alimentos para um exportador líquido, devido ao aumento da produção e da produtividade, comparou o documento.
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