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Número de inadimplentes começa o ano em alta, mas dívidas recuam

Número de inadimplentes começa o ano em alta, mas dívidas recuam

Ritmo de crescimento em janeiro foi o maior desde junho de 2016

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 13:04

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Dinheiro . (Pixabay)

O ano de 2018 começou com alta no número de inadimplentes de 2,10% em janeiro, frente a janeiro de 2017, segundo o Indicador de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). É o maior ritmo de crescimento desde junho de 2016, quando tinha subido 2,78%. Em relação a dezembro, na série sem ajuste sazonal, a alta foi de 0,96%, a maior taxa desde maio na comparação comparação mensal. Ao todo, o país tinha 60,7 milhões de inadimplentes em janeiro de 2018, o que representa cerca de 40% da população adulta.

Se a inadimplência aumentou em número de devedores, o volume de dívidas, no entanto, recuou 1,94% em relação a janeiro de 2017. Frente a dezembro, a alta foi de 0,87%.

A avaliação é de que os dados indicam o início de um acerto nas contas por parte do consumidor:

“A quantidade de dívidas em atraso desacelera de forma mais intensa do que o número de devedores negativados. Isso quer dizer que o consumidor inadimplente tem iniciado o pagamento de dívidas em atraso aos poucos. Como consumidor inadimplente tem em médias, duas dívidas em atraso, ainda que ele quite uma, seu CPF continua restrito por causa da outra dívida”, explica a economista Marcela Kawauti.

O início do ano é uma época que tradicionalmente há avanço da inadimplência por causa das despesas típicas do período, como impostos, material escolar e rescaldo das compras parceladas do fim de ano:

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“Para os próximos meses, espera-se que o volume de atrasos inicie um processo lento de recuo, caso se confirmem as projeções de inflação bem controlada, juros baixos e melhora dos indicadores de atividade. Ainda assim, o que mais favorecerá um ciclo de queda da inadimplência será uma recuperação mais acentuada do mercado de trabalho e a volta de ganhos na renda real do consumidor, que ainda não se recuperou das quedas dos últimos anos”, explica o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

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