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Com novo satélite, custo da internet pode cair em um terço já este ano

Com novo satélite, custo da internet pode cair em um terço já este ano

Programa do governo federal prevê velocidade de conexão "40 vezes superior a que existe hoje"

Publicado em 13 de março de 2018 às 13:03

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O presidente Michel Temer e o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, assinaram nesta segunda-feira (12) com prefeitos termo de adesão ao programa Internet para Todos. Segundo o governo, 2.260 cidades vão aderir ao programa, que vai fornecer internet por meio do satélite geoestacionário lançado em órbita em maio do ano passado. Os usuários do programa terão acesso à internet a preços reduzidos.

Conexão com a internet: queda no preço. (Shutterstock)

Kassab prometeu que a velocidade de conexão será cerca de “40 vezes superior a que existe hoje”. Ele estimou que a isenção tributária do programa fará o preço cair em um terço em relação ao praticado atualmente. “O preço é inferior àquele hoje pago pelo usuário de telefonia devido à isenção tributária do programa”, disse.

As prefeituras que tiverem interesse devem aderir ao programa e indicar as localidades onde serão instaladas as antenas. Elas serão responsáveis por garantir a segurança da área e pelos custos com energia dos equipamentos, mas as demais despesas serão da União.

Os municípios vão começar a receber antenas em maio, e a expectativa é instalar cerca de 200 por dia. A operação será feita pela empresa Viasat, dos Estados Unidos, contratada pela Telebrás.

O número de municípios habilitados pode ser acrescido em mais de 330, já que 2.593 cidades manifestaram interesse em participar do programa.

SATÉLITE

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), em órbita desde maio de 2017, vai garantir a conexão. O satélite custou R$ 3 bilhões e tem vida útil de 18 anos.

A promessa de universalizar o acesso à internet no país é antiga e já foi alvo de programas de governo anteriores, como o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de 2010, durante o governo Lula, e o Brasil Inteligente, de 2016, no governo Dilma.

OUTROS OBJETIVOS

O programa também vai fazer monitoramento das fronteiras e levar internet às escolas públicas, hospitais e postos de saúde. “Em três semanas, teremos um segundo lote do programa e muito possivelmente vamos atender 100% dos municípios brasileiros”, disse Kassab.

Na parceria com o Ministério da Educação, a intenção do programa é garantir banda larga a todas as escolas públicas federais, estaduais e municipais do país, com a previsão de beneficiar 7 mil escolas ainda neste ano e 20 mil em 2019.

Já o convênio com o Ministério da Saúde vai permitir que todos os postos e hospitais federais, estaduais e municipais tenham acesso à banda larga. “Qualquer centro de saúde de municípios distantes do país vai poder compartilhar diagnósticos com qualquer centro de qualquer cidade brasileira por conta da banda larga”, afirmou Kassab.

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O Ministério da Ciência e Tecnologia ainda fechou parceria com o Ministério da Defesa para garantir o monitoramento de 100% das fronteiras brasileiras. A Defesa ficou com 30% da capacidade do satélite. “Isso se traduz em melhor eficiência no combate ao contrabando, ao tráfico de drogas e diversas ações criminosas que acontecem nas nossas fronteiras”, disse o ministro.

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