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Economia volta a crescer após dois anos de queda e avança 1% em 2017

Economia volta a crescer após dois anos de queda e avança 1% em 2017

Resultado é o melhor desde 2014, aponta IBGE

Publicado em 1 de março de 2018 às 12:09

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Contas e gráficos: economia brasileira cresce após dois anos de queda. (Divulgação/Freepik)

Depois de dois anos de queda, a economia brasileira voltou a crescer em 2017, com alta de 1%. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (1º), o Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta no ano passado. Em 2016, o tombo havia sido de 3,5%, assim como no ano anterior.

O resultado é o melhor desde 2014, quando o avanço foi de 0,5%. Mas ainda é insuficiente para reverter as perdas dos dois anos anteriores. Em valores, o PIB ficou em R$ 6,6 trilhões. No quarto trimestre, subiu 2,1% frente a igual período de 2016. Na passagem entre o terceiro e o quarto trimestre, a variação foi de 0,1%.

A alta de 1% do PIB em 2017 é resultado da expansão de 13% da agropecuária, de 0,3% dos serviços e de uma estabilidade na indústria, informou o IBGE. (Veja gráfico no final da matéria)

Economistas do mercado financeiro apostavam na alta. De acordo com sondagem da Bloomberg com 26 analistas, a projeção era de crescimento de 1,1%. Para 2018, as previsões estão na casa dos 2,8%, de acordo com o mais recente boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central.

O monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), também havia indicado crescimento de 1%. O levantamento apontou como destaques a agropecuária, a recuperação do setor industrial e a colaboração da retomada do consumo, pontos que já vinham sendo observados nas divulgações anteriores do IBGE.

Na semana passada, o IBC-Br - indicador do Banco Central que funciona como uma espécie de “prévia do PIB” - havia indicado alta de 1,04% da economia em 2017.

CONSUMO

Pela ótica de demanda, ou seja, o lado do PIB que reflete tudo o que é consumido na economia, o principal destaque foi o consumo das famílias, que registrou alta de 1%, em ano marcado pela inflação mais comportada, recuperação gradual do mercado de trabalho e liberação das contas inativas do FGTS.

Já os investimentos, calculados pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), recuaram 1,8%, enquanto os gastos do governo encolheram 0,6%.

No setor externo, as exportações cresceram 5,2%, enquanto as importações avançaram 5%. Ou seja, no balanço entre esses dois indicadores, o setor externo contribuiu para o crescimento da economia em 2017.

No âmbito da indústria, os destaques foram a alta de 4,3% da extrativa e a queda de 5% da construção. Entre os serviços, o comércio cresceu 1,8% e as atividades financeiras, os bancos e seguradoras, encolheram 1,3%.

 AVANÇO DA AGROPECUÁRIA

O crescimento da agropecuária em 2017 é o melhor resultado do setor em toda a série histórica do PIB, iniciada em 1996.

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A indústria saiu do campo negativo com essa estabilidade depois de três anos seguidos de recuo. O comércio voltou a crescer depois de dois anos seguidos de queda, assim como os serviços.

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