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Multinacional indiana quer investir no Espírito Santo

Multinacional indiana quer investir no Espírito Santo

Executivo do grupo Aditya Birla no Brasil veio ao Estado em busca de parceiros. Conglomerado tem mais de 120 mil empregados e faturou R$ 142 bilhões no ano passado

Publicado em 21 de março de 2018 às 18:03

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O presidente da Aditya Birla Group no Brasil, Anurag Srivastava. (Vitor Jubini | GZ)

O presidente da multinacional indiana Aditya Birla Group no Brasil, Anurag Srivastava, passou a terça-feira em Vitória e na Serra conversando com empresários e prospectando investimentos no Estado. Representando um conglomerado que faturou, no ano passado, US$ 43 bilhões (R$ 142 bilhões) e que tem mais de 120 mil funcionários em todo o planeta, o executivo gostou do que viu.

“Eu vi uma cidade bonita, limpa e não muito poluída. Me parece ser um bom lugar para a indústria. O porto é bom e não é muito longe, há muitos terrenos disponíveis para fábricas. Ouvi que está havendo uma ampliação nas rodovias. É um bom local para investimentos. É uma região organizada, com cidades organizadas, e com boa saída por mar e por terra", assinalou Srivastava. 

Com forte atuação nos ramos de telecomunicação, cimento, alumínio, finanças e tecidos, a Aditya Birla busca parceiros e não descarta investimentos diretos em terras capixabas. O pedido da visita ao Estado foi feito pela sede da Aditya Birla, em Mumbai, Índia. “Essa expansão está nos planos da companhia, queremos ter novas unidades no Brasil. Por enquanto, estamos apenas buscando parceiros locais. Minha equipe na Índia pediu para que viesse ao Estado, conhecer oportunidades de negócios. Fiz um primeiro contato com uma empresa de distribuição, já que estamos no mesmo mercado e temos clientes em comum. Foi um primeiro passo, para definir estratégias locais”, limitou-se a dizer.

A multinacional possuiu ativos da ordem de R$ 6,6 bilhões no Brasil - destaque para a Novelis, empresa líder na produção de alumínio.

Questionado sobre a violenta crise política e econômica que assola o Brasil desde 2014, o executivo indiano afirma que o país tem muito em comum com a Índia. Ele admite que a Aditya Birla perdeu algumas vendas por conta da crise, mas vê todo esse processo como algo natural em uma democracia e garante que isso não diminui as expectativas da companhia no país.

“A crise é algo cíclico, não é só o Brasil que passa por esses desafios, a Índia passou e outros países também vão passar. Nós perdemos algumas vendas, mas demos passos importantes no sentido de otimizar nossos custos”.

Para o executivo indiano, o momento é fundamental para estreitar laços entre os dois países. Ele ressalta que as empresas brasileiras têm um grande mercado potencial na Índia. “Temos uma enorme classe média, somos 1,3 bilhão de pessoas. Temos nossas necessidades de comida, segurança e bens pessoais que podem ser supridas pelo mercado brasileiro. Penso que este é o momento perfeito para uma aproximação ainda maior”.

Srivastava, que intensificará seu contato com o Espírito Santo a partir de agora, destaca o crescimento econômico indiano dos últimos anos. "Crescemos num ritmo de 7% há alguns anos. Em breve seremos o terceiro maior PIB do planeta (atrás apenas de EUA e China). Algo semelhante ao que aconteceu com a China nos últimos 30 anos já está acontecendo conosco. A população está enriquecendo e as necessidades - de alimentos, bens de consumo, infraestrutura - são enormes, assim como as oportunidades".

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O agronegócio brasileiro e o setor de celulose, muito fortes também no Espírito Santo, estão entre os favoritos da Aditya Birla na busca por parcerias.

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