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Promessa de recuperação na colheita de café conilon no ES

Promessa de recuperação na colheita de café conilon no ES

Produtividade do Estado neste ano deve ser até 50% maior do que a registrada em 2017

Publicado em 4 de março de 2018 às 22:18

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A volta das chuvas proporcionou que o grão tivesse boa florada tanto no conilon quanto no arábica. (Pixabay)

O Estado deve recuperar a produção de café que teve em seus tempos de fartura. A melhora do clima lançou uma expectativa positiva para a produtividade deste ano. A volta das chuvas proporcionou que o grão tivesse boa florada tanto no conilon quanto no arábica, o que também deve influenciar na qualidade da colheita.

Em 2018, a safra deve ser de até 8,7 milhões de sacas apenas de conilon. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o resultado para este ano será diferente do obtido nos últimos três anos.

Em dois anos, se as chuvas e o plantio continuarem, a produção deve se recuperar, atingindo a mesma marca de produtividade que havia em 2014, ano que teve seu melhor resultado histórico (9,9 milhões de sacas).

“Devido à seca, alguns produtores perderam parte da plantação. Hoje, a área plantada de conilon produzido no Espírito Santo é de 231,3 mil hectares. Em 2014, antes da estiagem, o Estado tinha 283,1 mil hectares produzindo”, explicou o gerente de levantamento e avaliação de safras da Conab, Cleverton Santana.

Para se ter uma ideia da diferença entre as safras, em 2015, por exemplo, foram colhidas apenas 7,7 milhões de sacas de café conilon no Estado. Diferença de quase 22,2% a menos em comparação com 2015.

PRODUTIVIDADE

Este ano, o café está em um ano favorável para sua colheita. Historicamente, o Estado produz uma média de 35 sacas de conilon por hectare (ha). A produtividade do grão em 2018 deve ser a maior desde 2014, quando produziu uma média de 35,14 sacas/ha.

“Neste ano, projetamos que a colheita seja entre 33,1 e 37,41 sacas/ha. Nos últimos dois anos, estávamos tendo resultados abaixo desses índices. Em 2017, foram 25,13 sacas/ha e, em 2016, uma média de 19,36 sacas/ha.”

PREÇO

Com mais café no mercado, a tendência é que o preço caia. De acordo com o presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV), Jorge Luiz Nicchio, os valores começaram a ser pressionados para baixo antes do esperado.

“A expectativa era que a queda começasse neste mês, mas teve início em dezembro do ano passado. Devido à expectativa de produção para este ano, o produtor começou a vender os grãos, forçando a queda”, comentou.

Em 2017, a saca do conilon custava, em média, R$ 400. Neste ano, caiu para R$ 300. Com a baixa no preço do conilon, a indústria de café está consumindo mais da variedade. Desde 2016, quando o preço estava em alta, era usada uma proporção de 20% conilon para 80% de arábica no blend da bebida. Este ano, a mistura deve fica meio a meio.

HISTÓRICO

2018 - Retomada

Arábica

A produção do Estado deve ficar entre 3,9 e 4,7 milhões de sacas, com uma colheita média entre 25 e 29,8 sacas por hectare (ha) plantado.

Conilon

A expectativa é que sejam colhidos de 7,7 a 8,7 milhões de sacas, com produtividade média entre 33,10 e 37,41 sacas/ha.

2017 - melhoria

Arábica

A média de produtividade foi 19,6 sacas/ha.

Conilon

A média de produtividade foi de 25,13 sacas/ha. A saca chegou a R$ 400.

2016 - Produção

Arábica

A média de produtividade foi 26,2 sacas/ha, responsável pela maior safra de arábica da história, quase 4 milhões de sacas.

Conilon

A falta de chuva continuou e faltou água para irrigação. A média de produção ficou em 19,36 sacas/ha.

2015 - falta d’água

Arábica

A média de produtividade foi de 19,6 sacas/ha.

Conilon

Choveu abaixo da média e a produtividade caiu, colhendo 7,7 milhões de sacas, com produtividade média de 27,41 sacas/ha.

2014 - seca

Arábica

A média de produtividade foi de 19 sacas/ha.

Conilon

O Estado teve sua safra recorde, colhendo 9,9 milhões de sacas. A média de produção foi de 35,14 sacas/ha.

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Fonte: Conab

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