> >
Voos no novo Aeroporto de Vitória podem ficar mais caros

Voos no novo Aeroporto de Vitória podem ficar mais caros

Com estrutura maior que a atual, taxa de embarque no novo terminal deve subir de R$ 24,57 para R$ 31,27

Publicado em 23 de março de 2018 às 00:48

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Fotos inéditas mostram fase final das obras do Aeroporto de Vitória. (Prefeitura de Vitória/Divulgação)

O novo Aeroporto de Vitória vai oferecer uma infraestrutura bem superior do que a atual aos passageiros: um terminal cinco vezes maior, um aumento de seis balcões de check-in, três vezes mais pontos comerciais, o triplo de vagas de estacionamento e de banheiros públicos, entre outras melhorias. Mas tudo isso terá um custo para o usuário.

Com a ampliação do complexo aeroportuário, as taxas deverão ficar mais caras. No caso da tarifa de embarque, que é aquela que afeta diretamente os passageiros, a expectativa é de que ela suba de R$ 24,57 para R$ 31,27, ou seja, um aumento de R$ 6,70.

A alta do preço deverá acontecer porque tudo indica que o novo Aeroporto Eurico de Aguiar Salles mudará de categoria, saindo da 2 para a 1. Atualmente, os aeroportos administrados pela Infraero são classificados em quatro categorias para fins de arrecadação tarifária.

Os da categoria 1 são aqueles que apresentam maior pontuação em relação à infraestrutura disponibilizada e, portanto, cobram o maior teto tarifário, enquanto a categoria 4 é a com a menor infraestrutura e, consequentemente, menor custo.

Questionada sobre a possibilidade de alteração de classificação do aeroporto capixaba, a Infraero confirmou que ela existe. “Sim, poderá haver mudança de categoria de taxas e tarifas cobradas de passageiros e empresas aéreas em função da melhoria na infraestrutura e serviços oferecidos no Aeroporto de Vitória.”

Segundo a estatal, entre os fatores que são considerados para se definir uma categoria tarifária estão estrutura (pontes de embarque, elevadores, escadas rolantes, estacionamento, banheiros, tamanho do pátio, equipamentos de suporte) e oferta de serviços (lojas, restaurantes, locadoras de veículos, entre outros).

Para que o terminal suba um degrau, a Infraero tem que solicitar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) essa mudança, que é a quem cabe definir a categoria dos aeroportos e suas respectivas taxas e tarifas a serem cobradas. “A Infraero poderá aumentar a receita obtida com o Aeroporto de Vitória, o que possibilitaria uma melhora de caixa para a empresa, desde que a Anac autorize a reclassificação”, ressaltou a estatal.

De acordo com a agência reguladora, a alteração pode acontecer em qualquer momento, no entanto, para fins de cobranças tarifárias é necessário a atualização de portaria específica. A Anac pondera ainda que os novos valores só poderão ser cobrados 30 dias após a publicação da portaria.

Para especialistas, a Infraero não deverá demorar para solicitar a migração de faixa, e o aumento no preço para os passageiros já deve ser sentido neste ano. Assim que isso se concretizar, caberá à Infraero e às companhias aéreas informarem aos usuários.

Aliás, nem mesmo o preço das passagens no novo aeroporto deve dar trégua para compensar a alta das tarifas. O comentarista de viagens da CBN Vitória, Edson Ruy, explica que a variação do valor dos bilhetes não depende da infraestrutura em si, mas da demanda e oferta de voos. “O que acredito que não deve sofrer grandes mudanças por agora. Isso é algo mais para o médio e longo prazos.”

Arrecadação

Aeroportos administrados pela Infraero são classificados em quatro categorias para fins de arrecadação tarifária.

Infraestrutura

Os aeroportos da categoria 1 são aqueles que apresentam maior pontuação em relação à infraestrutura disponibilizada e, portanto, maior teto tarifário, enquanto a categoria 4 é a menor categoria tarifária.

Mudança

Mudanças de classificação de terminal levam em consideração itens como pista, balizamento, processamento de passageiros, facilidades aos usuários, climatização etc.

Categoria 1

Hoje, entre os aeroportos da categoria 1 estão: Santos Dumont (RJ), Curitiba (PR), Congonhas (SP) e Goiânia (GO), que mudou de classificação recentemente após passar por melhorias, em 2016, como está acontecendo com Vitória.

Categoria 2

Nesta categoria estão: Vitória (ES), Joinville (SC), Campo Grande (MS) e Palmas (TO).

Categoria 3

Estão nessa lista: Paraíba (PI), Ponta Porã (MS), Bagé (RS), e outros.

Categoria 4

Só o Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte (MG) está nessa categoria.

Este vídeo pode te interessar

Fonte: Infraero e Anac

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais