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5ª rodada do leilão do pré-sal será em setembro, antecipa secretário

5ª rodada do leilão do pré-sal será em setembro, antecipa secretário

Márcio Félix, novo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, falou sobre as expectativas de arrecadação com leilões e minirrefinaria no Estado

Publicado em 14 de abril de 2018 às 01:41

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O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix. (Saulo Cruz | MME)

A 5ª rodada do pré-sal deverá acontecer no dia 28 de setembro, conforme anunciou, em primeira mão para a Rede Gazeta, o novo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix. O cronograma do leilão, assim como as perspectivas para o setor, foram abordados, nesta sexta-feira (13), por Félix durante entrevista para o quadro CBN Investimentos, com José Márcio de Barros, durante o programa CBN Cotidiano.

O engenheiro, que até então estava como secretário de petróleo e gás da pasta, foi nomeado na sexta para o cargo de secretário-executivo, ou seja, é o número 2 do MME, que está sob o comando do ministro Moreira Franco.

O que o país e o Espírito Santo podem esperar do setor de óleo e gás?

O setor de petróleo e o gás no Brasil representa cerca de 12% a 15% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, tem um peso grande. E é uma indústria que está ainda associada à área de transporte e logística do país, por exemplo. Então, quando olhamos o efeito multiplicador disso é muito grande. Para este ano, temos os leilões de petróleo previstos. Temos a 4ª rodada do pré-sal, programada para o dia 7 de junho, e, já em primeira mão, vou dizer que a 5ª rodada do pré-sal vai ser no dia 28 de setembro. É a nossa meta. Esse leilão tivemos que programar ainda para este ano para colocar os blocos que tinham sido retirados da 15ª rodada de concessões, em função de um novo entendimento com o Tribunal de Contas da União (TCU).

Esses leilões vão representar negócios bilionários...

Temos a expectativa de, nesses próximos dois leilões, arrecadar mais R$ 10 bilhões, o que totalizaria R$ 18 bilhões, já que no primeiro leilão deste ano nós arrecadamos R$ 8 bilhões. Então, esses números são impressionantes, mas são pequenos comparados com o fluxo de caixa e com a movimentação na economia nacional e até internacional que o setor é capaz de gerar.

De que forma esse gigantismo do segmento se traduz para as empresas e profissionais?

Quando se olha para os setores de exploração e produção (E&P), refino, distribuição, gás natural e biocombustíveis há uma estimativa de investimento da ordem de R$ 1,3 trilhão até 2030.Então, o potencial de negócios é muito grande, alguns deles podendo ser realizados no próprio Espírito Santo, que é um centro logístico e estratégico do país.Além disso, o Estado conta com um setor metalmecânico muito forte, com um estaleiro dos mais modernos do mundo e uma série de vantagens competitivas. Então, o efeito multiplicador do Espírito Santo é muito maior do que os investimentos em si.

A nova equipe do Ministério de Minas e Energia vai manter a mesma linha de projetos e políticas para o setor?

A orientação do presidente Michel Temer é de continuidade. O discurso do ministro Moreira Franco, quando assumiu, é de dar continuidade e consolidar todas as conquistas feitas sob o comando do então ministro Fernando Coelho Filho. Temos uma pauta a concluir no setor de óleo e gás e biocombustíveis, e queremos atrair, por exemplo, investimentos em refino para o país. O Brasil está exportando mais de 1 milhão de barris de óleo cru e exportando 600 mil barris de derivados, sobrecarregando a nossa logística. Então, a gente tem possibilidade de atrair investimento nessa área.

O ES poderia receber uma minirrefinaria?

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Fizemos um grupo de trabalho com uma série de diretrizes para a atração de investimentos de refino e tivemos a oportunidade de receber e saber que tem empreendedores no Brasil querendo fazer minirrefinarias. No Espírito Santo, por exemplo, dá para pegar a produção terrestre, e eventualmente uma parte da produção offshore, e processar na região com uma minirrefinaria. O Espírito Santo tem ainda a vantagem de ter áreas da Sudene.

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