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Adubos orgânicos e biológicos são apostas para enriquecer solo

Adubos orgânicos e biológicos são apostas para enriquecer solo

Para garantir uma boa safra, o cuidado com o material que será usado na terra é essencial

Publicado em 15 de abril de 2018 às 23:49

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Trator preparando a terra para o plantio de tomate, em Linhares. (Marcelo Prest)

Terra bem nutrida é sinal de boa produtividade e de qualidade. Entre os diferentes tipos de compostos que podem ser utilizados como fertilizantes, para garantir a nutrição do solo capixaba, estão o húmus produzido com as fezes de coelhos, adubos orgânicos e biológicos.

Em Marataízes, Litoral Sul capixaba, Oscar José Fernandes, 75 anos, cria cerca de cem coelhos na chácara de 1,2 mil metros que tem. Com as fezes dos animais produz o húmus, utilizado para cultivar uma planta chamada Rami, originária da China, que serve de alimento para os animas, mas a maior parte desse tipo de adubo é vendida.

Para fazer o composto, Oscar coloca o esterco em um canteiro com minhocas. Elas transformam os resíduos em um húmus, que parece com terra bem solta e escura. “Cada tonelada de fezes, que recolho por mês, transforma-se em 600 quilos de húmus. Ele é ótimo para usar em hortas, paisagismo e na grama”, contou.

CRESCIMENTO

 

Em busca de ofertar produtos mais saudáveis, produtores recorrem aos adubos orgânicos ou organomineral. Segundo Adilson Scantamburlo da Cunha gerente de vendas de uma empresa de adubos, há uma demanda crescente, no Estado, desses fertilizantes.

“A base do nosso fertilizante orgânico usa o esterco de um aviário de postura que fica em Santa Maria do Jetibá. De lá vai para Ibatiba onde passa por um processo de compostagem e depois é granulado para poder ser misturado com outro minerais se for preciso”, disse

TECNOLOGIA

Outro tipo de adubação é a biológica. Segundo Adenauer da Cunha Alves, engenheiro agrônomo e representante técnico de vendas de uma indústria que trabalha com o produto, o fertilizante é feito a partir do uso de microorganismos como bactérias, fungos e actomicetos.

“Ele chega nas raízes das plantas, fazendo uma simbiose entre as planta e os microorganismos. Ou seja, um ajuda o outro. É como se nós devolvêssemos ao solo aqueles indivíduos que tinha na época de mata nativa. Quando aplicamos, eles trabalham a parte física do solo, a parte química e a parte biológica”, explicou.

MODERAÇÃO

Com diferentes tipos de fertilizantes como saber qual usar? Segundo a doutora em Fitotecnia Roseane Pereira Villela, a adubação do plantio deve ser realizada de acordo com a análise de solo, onde serão avaliadas as necessidades da área. Em cada fase há uma necessidade específica.

Já o pesquisador da área de Nutrição de Plantas da Embrapa Hortaliças Juscimar da Silva, explica que se o solo já for rico vai precisar de pouco adubo, o que gera economia para o produtor. Se for pobre, é preciso saber a quantidade de nutrientes e quais são eles para adubar corretamente.

SAIBA MAIS

Adubação

Química

Adubação química é aquela em que o fertilizante usado é formado por compostos químicos originados por mineração ou industrialmente.

Orgânica

É feita com adubos obtidos por meio de matéria de origem vegetal ou animal, como esterco, farinhas, bagaços, cascas e restos de vegetais, decompostos ou ainda no estágio de decomposição. Esse tipo de material sofre decomposição e pode ser produzido por meio da compostagem.

Mineral

Para este tipo de adubação a matéria prima é extraída de minas e transformada na indústrias químicas. São diretamente absorvidos pelas plantas ou sofrem pequenas transformações no solo para serem consumidos. Eles podem conter um ou mais elementos, sendo que os principais são nitrogênio, fósforo e potássio.

Húmus

O húmus é o produto resultante da matéria orgânica decomposta, a partir do processo digestório de minhocas, formando uma compostagem natural, agregando ao solo os restos de animais e plantas mortas e também seus subprodutos.

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Fonte: Pesquisa A GAZETA

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