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Instituto Futura vai expandir negócios para outros Estados

Instituto Futura vai expandir negócios para outros Estados

Pesquisas eleitorais no ES continuam a ser feitas pelo instituto, que vai investir em tecnologia e fortalecer atuação em serviço de consultoria a empresas

Publicado em 27 de abril de 2018 às 16:05

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José Luiz Orrico, diretor do Instituto Futura. (João Paulo Rocetti)

Com a entrada de novos sócios, o Futura, maior instituto de pesquisas do Espírito Santo, vai expandir suas atividades para outros Estados, começando pelos vizinhos Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. É o que afirma José Luiz Orrico, um dos fundadores do instituto, que diz ter ido ao mercado em busca de investidores para a expansão dos negócios, inclusive de consultoria a empresas, mas sem deixar de lado as pesquisas eleitorais.

Orrico não revela valores, mas conta que foram vendidos dois terços do capital financeiro da empresa para os dois novos sócios. Com a transação, outro fundador do Futura, o economista Orlando Caliman, deixa o quadro societário da marca, mas continua como um dos responsáveis técnicos das pesquisas, conforme adiantou a coluna Leonel Ximenes nesta sexta-feira (27).

Caliman vendeu seus direitos para a controladora da Lion Capital, Simone Chieppe Moura, e o proprietário da Set Comunicação, Mário Guerra. Os dois novos sócios vão compor o conselho administrativo junto a Orrico, que também vendeu um percentual dos direitos que tinha no Futura.

Ele explica que, mesmo que o Futura seja reconhecido por conta das pesquisas de intenção de voto nas eleições do Espírito Santo, o mercado político representa apenas 10% do faturamento do instituto, que também atua com consultorias e pesquisas para empresas, segmento que agora deve ganhar ainda mais atenção.

Ao falar sobre a negociação, Orrico, de 64 anos, diz que também pensou na sobrevivência da empresa - que completa 25 anos em 2018 - quando ele se aposentar. "Estamos preparando a empresa para ela ficar viva depois da gente", reflete.

Em entrevista ao Gazeta Online, Orrico detalha as mudanças com a transação, os planos da empresa e as tendências no mercado de "tratamento de informação".

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O que motivou o negócio?

Vendemos dois terços da Futura, o Orlando Caliman vendeu a parte dele, mas continua na empresa como responsável técnico, e eu vendi um pedaço. Foi um processo que levou seis meses. Além da questão da abertura de capital para essa expansão de mercado, pensamos na perenidade da empresa. Bom, eu tenho 64 anos, e o Caliman, 68. Estamos preparando a empresa para ela ficar viva depois da gente. Digamos que eu tenha mais 15 anos em termo de produtividade. Depois disso a empresa morre?

O que muda nos planos do instituto?

A Futura está fazendo 25 anos. Fizemos muitos produtos que atenderam bem o mercado capixaba e nós resolvemos fazer um investimento para ir para outros mercados, fazer a empresa crescer. Estamos trazendo um executivo paulista que atuava em Minas Gerais para melhorar essa relação para outros Estados, a partir de 2019, começando pelos vizinhos, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

Em relação às pesquisas eleitorais, os novos sócios trazem alguma mudança?

É importante destacar que a questão política representa 10% do faturamento da Futura. É algo que esquenta de dois em dois anos, mas, na média, representa uma parte pequena. O eleitoral também é um produto, mas não é o que mantém a empresa. A Simone (nova sócia) foi dona de uma empresa de ônibus e montou uma empresa de investimentos. O Mário (novo sócio) é dono da Set Comunicação, ele vai fazer parte do conselho para definir as estratégias. Acredito que eles vão trazer muita coisa para aumentar nosso nível tecnológico. Já usamos muita tecnologia, mas podemos ser mais.

Existem mudanças surgindo dentro deste mercado, principalmente nesta era digital?

Temos hoje muitas novas formas de levantar dados e ter informações. Vivemos uma época em que temos muitas informações e pouca gente tratando dessas informações, inclusive em redes sociais, que têm esse plano de dados monstruoso que temos à disposição.

Para as pesquisas que devem ser feitas para as eleições deste ano, haverá alguma mudança?

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A questão eleitoral é comigo. Os novos sócios não vão nem saber o resultado das pesquisas antes de sair no jornal. Durante as negociações, eles sequer sabiam que existiriam pesquisas, ficaram sabendo pela imprensa. O combinado é que na questão eleitoral eles não devem interferir, até por um pedido deles mesmos.

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