O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação oficial do governo, registrou em abril alta de 0,21%, após ter avançado 0,10% em março, informou nesta sexta-feira, 20, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No ano, a variação acumulada ficou em 1,08%, menor nível para o período janeiro-abril desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses permaneceu em 2,80%, igual ao dos 12 meses imediatamente anteriores.
O resultado veio em linha com as estimativas do Projeções Broadcast, que iam de alta de 0,13% a 0,31%, com mediana de 0,25%. Com a inflação controlada, especialistas apontam que o Banco Central pode seguir com o afrouxamento monetário em maio e há quem ache que há espaço para nova redução do juro em junho.
"A inflação tem mostrado números fracos e núcleos bem comportados, o que pode gerar uma mudança no cenário do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o último corte na Selic será em maio, para 6,25%. Com os núcleos ao redor de 3% e a atividade em nível baixo, cravar que o ciclo de queda acabou pode ter sido um pouco precipitado", avalia o economista Luiz Castelli, da GO Associados.
"Tivemos um primeiro trimestre excepcionalmente bom e o segundo trimestre parece ter quadro muito favorável também", diz o economista Felipe Carvalho, da Absolute Investimentos, completando que, nesse cenário e com a retomada econômica lenta, o BC deve levar a Selic a 6% em junho.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta