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Queridinha dos capixabas, a mexerica volta ao mercado

Queridinha dos capixabas, a mexerica volta ao mercado

Fruta entra na safra em maio, mas já começa a aparecer em bancas de feiras e supermercados

Publicado em 22 de abril de 2018 às 22:28

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Produção de mexerica no Espírito Santp. (Incaper)

Ela faz charme, demora a aparecer, mas, quando chega, não dá brecha às concorrentes. A mexerica, fruta popular entre os capixabas, já está de volta às bancas das feiras e supermercados da Grande Vitória.

Apesar de sua safra só começar em maio, as primeiras colheitas estão sendo vendidas nas lojas das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa) desde a segunda quinzena de abril.

Com produção concentrada nas montanhas, os municípios de Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Conceição do Castelo são os que mais se destacam entre os maiores produtores de mexerica.

De acordo com o diretor operacional da Ceasa, Henrique Casamata, a expectativa é de que, entre maio e julho (quando acaba a safra da fruta) sejam comercializados 7,5 mil toneladas de mexerica no Espírito Santo.

“Do que é consumido aqui, 80% é produzido no Espírito Santo, com um preço médio de R$ 3,50 o quilo, podendo variar de acordo com o fluxo da época. No pico da safra, em junho, ela deve ficar mais barata. É um produto que tem uma grande possibilidade de expansão, por conta do clima favorável”, explica.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Espírito Santo é o sexto maior consumidor de mexericas do Brasil. Cada capixaba degusta, em média, 1,08 quilograma da fruta por ano.

O Rio Grande do Sul, onde ela é mais conhecida como bergamota, é o maior consumidor, com 3,89 quilogramas de mexericas ingeridas por ano.

Segundo o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica, Extensão Rural (Incaper) Sebastião Gomes, o capixaba tem maior apreço pela mexerica ponkan, que geralmente é maior e tem a casca mais grossa, e pela mexerica comum, menor e com casca mais fina.

“Diante desse cenário, é possível observar a oportunidade de agregação de renda às propriedades agrícolas com a introdução de novas tecnologias que permitam melhoria da qualidade da fruta ‘in natura’ e de cultivares que propiciem ampliação do período da colheita, além de tecnologias de manejo cultural e de pós-colheita”, conta.

Fácil de descascar e ser transportada, a mexerica também é rica em vitamina C, sendo uma ótima opção de consumo no outono e inverno, ajudando na prevenção de gripes e resfriados.

“Rica em vitamina C, é mais apreciada para o consumo “in natura” por apresentar sabor agradável e facilidade de descascar”, destacou Sebastião.

 

 

SAIBA MAIS

Consumo

 

Cada capixaba consome, em média, 1,08 quilograma de mexerica por ano, segundo o IBGE.

 

Produção

O Espírito Santo, 6º maior produtor do país, tem sua produção concentrada nas montanhas, nas cidades de Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Conceição do Castelo.

 

Safra

É oficialmente entre maio e julho (apesar de começar a aparecer a partir da segunda quinzena de abril).

 

Variedades

Produção no Estado foca na mexerica ponkan e na mexerica comum.

 

Vendas

Expectativa da Ceasa é que, entre maio e junho, sejam comercializados 7,5 mil toneladas da fruta no Estado.

 

Vantagens

 

Rica em vitamina C, com um sabor que fica entre o azedo e o adocicado, a mexerica é a fruta ideal para o outono e inverno, já que ajuda na prevenção de gripes e resfriados. A facilidade de descascar também é um fator que ajuda na popularização da fruta.

Apelidos

O nome tangerina é o oficial, mas a fruta ganha um nome diferente para cada região do país:

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mexerica (Centro-Oeste e Sudeste), bergamota (Sul), laranja-cravo (Nordeste), tanja (Piauí e Maranhão), mimosa (Paraná) e ponkan (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

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