Os últimos dias foram de forte valorização do dólar, no Brasil e em outros países emergentes. Só na semana passada a alta foi de 3,86%. Diante do movimento, o Banco Central avisou que está disposto a atuar para suavizar a volatilidade da moeda americana. Na sexta-feira, após o fechamento do mercado, o BC aumentou a oferta de swap cambial, um tipo de contrato que funciona como uma venda de dólar no mercado futuro. E ainda avisou que poderá fazer novas ofertas caso seja necessário, como nesta segunda-feira.
Juros, cenário geopolítico e incerteza interna
Segundo analistas, três grandes fatores vêm afetando a alta do dólar: a valorização das taxas dos títulos de longo prazo dos EUA, que nesta sexta-feira bateram 3,11%; questões geopolíticas envolvendo EUA, China, Irã e Rússia; e o cenário interno ainda incerto, uma vez que a economia não vem reagindo, e o cenário político ainda se mostra bastante conturbado, com grande indefinição para as eleições presidenciais.
Os contratos do swap cambial funcionam como uma venda de dólar no mercado futuro. O BC oferece um contrato de venda de dólares, com uma data de específica de vencimento, mas não entrega a moeda americana. Na data de encerramento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre o valor deles e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.
Esses contratos ajudam a minimizar a volatilidade da moeda americana. Eles servem também como uma espécie de proteção para quem tem dívida em moeda estrangeira. Isso porque recebem a variação do dólar do BC se a moeda subir.
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