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Indústria, comércio e agricultores do ES contabilizam prejuízo milionário

Indústria, comércio e agricultores do ES contabilizam prejuízo milionário

Setores têm perdas com paralisação de caminhoneiros

Publicado em 28 de maio de 2018 às 12:01

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Com a paralisação dos caminhoneiros e a situação de desabastecimento se agravando em todo o país, empresários começam a contabilizar prejuízos já que insumos não chegam às indústrias, produtores rurais não conseguem escoar sua produção e o comércio já registra forte queda na movimentação.

Galinhas e ovos foram doados por produtores rurais no sábado em Vitória: medida para evitar desperdício. (Ricardo Medeiros)

No Espírito Santo, a retração no volume de vendas do comércio já chega a mais de 60%, segundo o presidente da Federação do Comércio do Estado, José Lino Sepulcri. “As vendas caíram mais de 60% na última semana. Isso repercute para o empresário, para o empregado que vive de comissões e para o governo que deixa de arrecadar. É uma situação caótica, mas não podemos culpar os caminhoneiros. É uma situação irresponsável do governo federal”, diz.

Como o comércio não vende, a indústria também já sente os reflexos da paralisação. “Mais de 2/3 das indústrias do Espírito Santo estão totalmente ou majoritariamente paralisadas em sua linha de produção. Isso já passa de R$ 300 milhões de prejuízo. Não chega a matéria-prima, e as indústrias não conseguem escoar a produção”, afirma o presidente da Federação das Indústrias (Findes), Léo de Castro.

Já o setor agropecuário tem registrado enorme prejuízo. A ração não tem chegado para galinhas e suínos, e a situação de fome dos animais já é dramática nas propriedades rurais. Já o leite, as folhosas, legumes, frutas e ovos começam a estragar, diz o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha. “Está tendo sacrifício grande de animais e muito prejuízo no leite. Essa semana já devem faltar nos supermercados alguns produtos”, afirma.

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No setor do transporte de cargas, a estimativa é de mais de R$ 500 milhões de prejuízo, diz o presidente do Sindicato do Transporte de Cargas e Logística do Espírito Santo (Transcares), Liemar Pretti. “Estamos há uma semana sem faturamento e não temos segurança de botar carro na rua. Tem caminhão sendo apedrejado. Já não estamos mais a favor do movimento.”

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