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Investidores de olho no Aeroporto de Vitória por causa do petróleo

Investidores de olho no Aeroporto de Vitória por causa do petróleo

Formato de concessão deve ser alterado pela União para atrair empresas. Já o valor da outorga ainda não foi definido

Publicado em 18 de maio de 2018 às 23:25

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(Fernando Madeira)

Na lista de privatização junto com mais 12 terminais brasileiros, o Aeroporto de Vitória promete gerar disputa por parte das empresas. Além de ser superavitário e um dos maiores da lista, outro ponto que tem chamado a atenção dos investidores é a exploração de petróleo no litoral capixaba.

A proposta é que o aeroporto capixaba seja concedido até o final do ano em um bloco com o terminal de Macaé (RJ), outro município que é controlador de campos de petróleo.

Segundo informações do jornal O Globo, o governo federal já recebeu sondagens de investidores de olho no bloco em função do atrativo. A concessão será de 30 anos e a projeção é que a movimentação de passageiros no bloco passe dos atuais 3,2 milhões para 8,1 milhões até 2049.

A estimativa quanto aos investimentos que serão exigidos não é consenso. Em agosto passado, o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Adalberto Vasconcelos, afirmou que seria estipulado cerca de R$ 887 milhões em investimentos. Mas segundo fontes ouvidas pelo Globo, esse valor agora gira em torno de R$ 656,2 milhões. Já o valor da outorga pelo bloco, que era R$ 712 milhões, também pode mudar.

FORMATO

Ainda conforme O Globo, o governo federal estuda alterar para essa rodada de privatizações o modelo que foi praticado anteriormente. A intenção é que os valores das outorgas a serem pagas anualmente à União sejam equivalentes a 13% sobre a receita bruta da concessionária no ano.

Em contrapartida, os investidores terão que desembolsar à vista, no ato de assinatura do contrato, a metade do lance. No modelo anterior, o adiantamento era de 25%.

O objetivo é garantir a capacidade de pagamento das empresas com prestações compatíveis com seu faturamento, evitando que hajam as mesmas dificuldades financeiras que concessionárias vencedoras de leilões anteriores enfrentam, como é o caso de Viracopos, em Campinas (SP).

BLOCO

O formato de concessão do Aeroporto de Vitória no bloco com Macaé também tem sido questionado, uma vez que o terminal capixaba é superavitário e o fluminense deficitário, o que pode afastar investidores. Em entrevista ao colunista Vitor Vogas, de A Gazeta, o governador Paulo Hartung se manifestou contrário a ideia.

“Nesse caso o Estado mais fraco é que vai carregar o mais forte. Isso não me parece razoável”, afirmou o governador ao colunista no começo do mês.

GOVERNO

De acordo com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, as regras, o modelo e os valores da concessão ainda não foram definidas, o que só deve acontecer no final do mês, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve aprovar os estudos para o início das audiências públicas.

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O ministério informou que até o momento os estudos são para que o terminal capixaba seja privatizado no bloco com Macaé. O leilão está previsto para novembro.

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