A paralisação dos caminhoneiros causou, no campo, prejuízos incalculáveis aos produtores. Pelo menos 150 mil litros de leite foram jogados fora por cooperativas de laticínios no Estado, ovos foram descartados e aves foram mortas. Mas por que esses produtos não podiam ser doados à população?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explica que o leite cru e animais mortos não podem ser doados. Já o ovos precisam passar pelo serviços de inspeção antes de serem distribuídos. A explicação é que esses itens podem estar comprometidos e/ou contaminados.
De acordo com a professora do Bacharelado em Ciência e Tecnologia em Alimentos do Ifes de Venda Nova do Imigrante, Maíra Maciel, ao falar em segurança alimentar deve-se levar em consideração três aspectos: contaminação, qualidade nutricional e acesso ao produto.
A contaminação pode ser de várias formas, mas a principal delas é a microbiana. No caso dos alimentos de origem animal, que são perecíveis, por terem uma vida de prateleira mais curta, eles têm tempo e condição de transporte específicos, pois precisam ser refrigerados para garantir a qualidade do produto, explicou.
Segundo a professora, com a greve e os caminhões parados, não mais tem como a indústria garantir ao consumidor que os alimento que fazem parte da cadeia de frios estejam chegando livres de contaminação.
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