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Sem ter como transportar carne, abatedouro dispensa funcionários no ES

Sem ter como transportar carne, abatedouro dispensa funcionários no ES

Os caminhões da empresa de Atílio Vivácqua estão carregados, mas continuam parados por causa da greve dos caminhoneiros desde a terça-feira (22)

Publicado em 30 de maio de 2018 às 13:36

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Os caminhões de uma empresa de alimento em Atílio Vivácqua estão carregados, mas continuam parados no estacionamento desde a última terça-feira (22) devido a greve dos caminhoneiros. (Reprodução/TV Gazeta)

Sem previsão de término, empresas de abate e beneficiamento de carnes do Sul do Espírito Santo continuam com problemas. Uma semana sem distribuir o que produz, um frigorífico com sede em Atílio Vivácqua já dispensou funcionários, fechou uma unidade em Cachoeiro e prevê parar até sexta-feira (1°). 

Os caminhões d o frigorífico estão carregados, mas continuam parados no estacionamento desde a última terça-feira (22) por causa da greve dos caminhoneiros.

O gerente de Recursos Humanos da empresa, Ronalson Vargas, afirma que outros carros estão parados nas filiais da empresa. "Há caminhões cheios aqui, para poder sair, e há os caminhões que estão parados nas outras regiões, no Norte do Estado, ou em Vitória, na região Serrana, vazios aguardando para poder voltar", afirma o gerente.

O frigorífico é especializado em abate e beneficiamento de suínos. São abatidos 600 porcos por dia, mas como todos os caminhões já estão cheios, os trabalhadores estão à toa. A previsão é de que, se a greve dos caminhoneiros não acabar até esta quarta-feira (30), cerca de 600 funcionários, responsáveis pela parte de industrialização, terão folgas forçadas. E se a situação dos caminhoneiros continuar até a próxima sexta-feira (1°), mais 100 funcionários da parte de abate também terão folgas forçadas e a unidade da empresa em Atílio Vivácqua vai fechar.

A indústria é especializada em abate e beneficiamento de suínos. São abatidos 600 porcos por dia, mas como todos os caminhões já estão cheios, os trabalhadores estão a toa. (Reprodução/TV Gazeta )

Na outra unidade da empresa, em Cachoeiro, cerca de 200 funcionários já estão em folgas forçadas e a unidade está fechada.

"Persistindo essa situação, nós vamos parar o abate também, e aí são cerca de 600 suínos por dia que deixarão de ser abatidos", explica Ronalson.

Outra preocupação é com a ração para os porcos. Há cerca de 3 mil animais em duas fazendas, e o estoque de alimento deve durar apenas para mais uma semana. "Não há como pensar em essa situação persistir mais do que essa semana, é impensável", diz Ronalson.

O diretor explica, ainda, que não foi feito um balanço dos prejuízos que a greve dos caminhoneiros causou. No Estado, há o risco de 150 mil suínos morrerem por falta de ração.

CASTELO

Uma empresa de frangos em Castelo também está com dificuldades. Por dia, 90 mil frangos são abatidos, mas desde a última quinta-feira (24) nada está funcionando. 850 funcionários estão em casa e a empresa deixa de faturar R$ 1,5 milhão por dia.

O diretor do abatedouro, Claudemir Alessi, explica que a situação no início do ano deveria beneficiar o setor, mas que a greve dificultou a situação econômica da empresa.

"Um momento que nós estamos na economia com dificuldade, o frango vem passando por um momento difícil, está sinalizando uma melhora, então é mais um desafio para superar uma cadeia que vem com bastante dificuldade nesse início de ano", compara o diretor.

Uma empresa de frangos em Castelo também está com dificuldades. Por dia, 90 mil frangos são abatidos, mas desde quinta-feira (24) nada está funcionando. (Reprodução/TV Gazeta )

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 Com informações da TV Gazeta

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