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Trabalhadores de 4 unidades da Petrobras no ES aderem à greve

Trabalhadores de 4 unidades da Petrobras no ES aderem à greve

Greve atinge setores administrativos e operacionais das unidades da Petrobras de todo o Estado

Publicado em 30 de maio de 2018 às 11:13

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Mesmo com a decisão do TST, que considerou a greve dos petroleiros ilegal, a categoria deflagrou o movimento também no Espírito Santo. A paralisação no Estado começou às 6 horas da manhã desta quarta-feira (30) e acontece nas quatro unidades da Petrobras no ES: Vitória, Aracruz, Linhares e São Mateus.

O Sindicato dos Petroleiros do Estado ainda não tem um balanço de quantos profissionais aderiram à manifestação, mas informa que a greve atinge setores administrativos e operacionais das unidades da Petrobras de todo o Estado, abrangendo campos terrestres no Norte do Espírito Santo, plataformas marítimas de produção, unidades de tratamento de gás e os terminais de movimentação de petróleo e derivados.

"A gente está passando por um problema muito sério no Brasil que é a venda dos nossos ativos. Hoje, principalmente, quem mais está sendo afetado é a parte do refino e o pessoal de terminais da Transpetro. E como temos terminais da Transpetro aqui no Espírito Santo, a gente começa o movimento nesses terminais e daqui a pouco eles vãos juntar forças com a gente aqui também. Nessas 72 horas, o que a gente quer é conscientizar a população de que esse é problema de todo mundo", afirma Wallace da Silva, diretor de formação política do Sindipetro.

Apesar da multa de R$ 500 mil por dia, por conta da manutenção da greve, que é considerada ilegal, o diretor do Sindipetro diz que o grupo não pretende recuar e explica por que a gasolina é vendida no Brasil por um preço tão alto.

"A população brasileira precisa entender que o que está acontecendo hoje no Brasil é o atendimento as necessidades do mercado internacional. A Petrobras não precisa ficar preocupada com a alta de preço que acontece fora do Brasil. Hoje se a gente consegue manter as nossas refinarias em sua carga máxima, produzindo, a gente consegue sim abastecer as necessidades da população brasileira. O que acontece hoje é que nós diminuíamos a carga de refino nas nossas refinarias, estamos pegando o petróleo, que é muito mais barato, e vendendo para o exterior, e estamos comprando do exterior a gasolina e o diesel, que é um produto muito mais barato. Quem mais está se favorecendo com essa política é os EUA, que estava com o diesel todo encalhado e agora a gente está trazendo esse diesel para cá. Quem sofre é a população, os caminhoneiros, todos nós", explica Wallace da Silva, antes de completar.

"O preço do diesel reflete no preço do alimento, no preço das nossas necessidades básicas. A gente precisa fazer com que a população entenda que essa é uma luta de todo povo brasileiro, ninguém está satisfeito com essa política nefasta de Pedro Parente de ter que ficar olhando para o preço do barril de petróleo e alta do dólar para definir quanto vai valer a nossa gasolina. A gente não precisa disso", encerra.

O QUE DIZ A PETROBRAS

A Petrobras informa que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) emitiu na noite desta terça-feira, 29/5, decisão liminar declarando a abusividade da greve. O pedido foi feito pela Petrobras e pela Advocacia-Geral da União, considerando o contexto nacional e a necessidade de retomada do abastecimento de combustíveis o mais breve possível.

Hoje, 30/5, em algumas unidades operacionais não houve troca dos trabalhadores de turno. Equipes de contingência estão atuando onde necessário e não há impacto na produção.

Espírito Santo

A assessoria de imprensa da Petrobras informou ao Gazeta Online que a movimentação dos petroleiros no Espírito Santo não impactou a produção nem as operações das plataformas. Explicou ainda que o ato também não impactou a unidade de tratamento de gás e a produção terrestre no Norte capixaba, que segue normalmente com segurança de equipe e instalações.

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Com informações de Caíque Verli

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