A mineradora Vale vai comprar a parte da BHP Billiton no controle da Samarco. A informação foi publicada na coluna do jornalista José Casado, do jornal O Globo, nesta terça-feira (22) e já movimenta os bastidores da indústria da mineração.
O acordo teria acontecido entre os executivos Fabio Schavartsman, da Vale, e Andrew Mackenzie, da BHP Billiton. Segundo o colunista, a Vale compraria os 50% de sua sócia, BHP, e assumiria o controle da Samarco, que está paralisada há dois anos.
Desde o rompimento da barragem em Mariana, em Minas Gerais, em novembro de 2015, vários prazos para a retomada da Samarco foram estipulados. A dependência de autorizações ambientais tem levado essas previsões a não se cumprirem. A volta das atividades deverá ser gradual. A mineradora começará a atuar com apenas 26% da capacidade.
No Espírito Santo, somente uma usina das quatro existentes em Anchieta será religada, a princípio. A quarta planta de pelotização, a maior de todas, será deixada por último, afirma o presidente Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico (Sindifer), Lúcio Dalla Bernardina, que prevê para o primeiro trimestre de 2019 o retorno da produção.
A Samarco confirma que não regressará com força total e que adotará um modelo escalonado para atender às exigências dos licenciamentos ambientais.
Antes da tragédia em Mariana, a Samarco representava quase 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo. Em 2016, por conta do desastre ambiental, que matou 18 pessoas e deixou um desaparecido, a economia do Estado encolheu 12,2%. Os prejuízos foram consequência tanto da paralisação do parque industrial em Anchieta como também pela contaminação do Rio Doce, episódio que afetou diversos setores, como o pesqueiro.
MINERADORA DESMENTE NEGOCIAÇÃO
A Vale nega que haja qualquer negociação em curso, ou que tenha chegado a um entendimento para a compra da participação de BHP na Samarco.
Questionadas sobre o assunto, as companhias informaram que "seguem focadas priorizando o suporte à Samarco para a retomada de suas operações, bem como à Fundação Renova nos programas de reparação e compensação das áreas e comunidades afetadas pelo rompimento da barragem".
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