A inadimplência de cidadãos e empresas foi responsável por 38,27% do spread do Indicador de Custo de Crédito (ICC) em 2017, conforme o Relatório de Economia Bancária (REB), publicado pelo Banco Central. Em 2016, o custo da inadimplência representava 38,57% do spread.
O ICC é um indicador que reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento. Já o spread diz respeito à diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é efetivamente cobrado do consumidor final.
Os dados do BC mostram ainda que as despesas administrativas dos bancos foram responsáveis por 25,55% do spread do ICC no ano passado, ante 24,23% em 2016. Já o custo com tributos e Fundo Garantidor de Crédito (FGC) representou 22,13% do spread, sendo que em 2016 a fatia era de 22,79%.
Os números indicam ainda que a margem financeira dos bancos somou 14,04% do spread do ICC no ano passado, ante 14,41% em 2016.
O Relatório de Economia Bancária (REB), publicado hoje pelo BC, busca jogar luz sobre a questão dos spreads no Brasil, que tem sido alvo de discussões no Congresso, nos meios acadêmicos e no próprio mercado financeiro.
A partir de agora, o relatório será publicado anualmente. O último REB havia sido divulgado no fim de 2015. Às 11 horas de hoje, o diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho, concederá entrevista coletiva sobre o documento.
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