A instalação de uma fábrica de placas de madeira vai levar investimentos de cerca de R$ 450 milhões ao Norte do Estado e promete transformar a região de Pinheiros em um dos maiores polos moveleiros do país.
O lançamento da produção da primeira placa de madeira de média densidade (MDF) foi realizado ontem, na unidade fabril da Placas do Brasil S/A, instalada às margens da BR 101 do município.
Apostando na vocação da região para o setor moveleiro, também foram investidos cerca de R$ 100 milhões numa base florestal, que contará com a ajuda de 200 parceiros no fornecimento de madeiras para a produção das placas.
Os habitantes da região Norte e Noroeste do Espírito Santo, que precisam de um projeto de base como esse, certamente poderão, com o apoio das lideranças locais, fomentar aqui um grande polo moveleiro conectando com o polo de Linhares e quiçá transformar essa região no maior polo moveleiro do país, afirmou o presidente do conselho da empresa, Luis Cordeiro.
As placas produzidas vão atender principalmente ao polo moveleiro de Linhares, que hoje adquire a matéria-prima do Sul do país. Só esse município utiliza em torno de 14 mil metros cúbicos de madeiras por mês para a fabricação de móveis.
A fábrica tem capacidade para produzir 300 mil metros cúbicos de placas de MDF cru e revestido por ano e, até dezembro, deverão ser produzidos 95 mil metros cúbicos. Ao final do primeiro ano, a indústria pretende atingir 80% da capacidade de produção.
Ao todo, foram gerados 160 empregos diretos e 450 indiretos. Durante as obras, foram abertas 400 vagas, chegando a 700 no pico dos trabalhos.
O governador Paulo Hartung disse que a fábrica será importante para a economia do Estado e do município de Pinheiros. A fábrica veio para uma região de baixo dinamismo econômico, que agora irá aumentar. É um investimento robusto. São mais de R$ 400 milhões nesta planta industrial. É um dos maiores investimentos privados do nosso país na atualidade. Além disso, tem investimentos nas fazendas, no campo, na floresta, que vão passar de R$ 80 milhões, destacou.
ACESSO
O empresário do ramo moveleiro Luiz Rigoni disse que a fábrica irá melhorar o acesso à matéria-prima e ao mercado junto aos comerciantes. Há muitos anos viemos sonhando em tentar fazer alguma coisa para termos a matéria-prima mais próxima da gente, porque ela vinha de outros Estados e nós tínhamos um custo de 15% a 18% de frete, o que dificultava muito a competição no mercado, afirmou.
O secretário Estadual de Desenvolvimento José Eduardo Azevedo ressaltou que trata-se de um momento histórico e de grande relevância para a economia. É um momento histórico para o Norte do Estado e o Espírito Santo. Um investimento desse porte é um dos maiores investimentos do país e seguramente tem uma relevância muito grande para a nossa economia.
OPORTUNIDADES
Por causa da fábrica, a analista de Recursos Humanos Bruna Vescovi desistiu de deixar o Estado .
Eu estava trabalhando e já tinha decido que iria mudar de Estado, mas quando eu recebi a proposta de trabalho, analisei e resolvi ficar pela grandiosidade do projeto, que eu entendi que seria um desafio. Aceitei permanecer por aqui, falou.
Já Thiago Silva conseguiu a recolocação no mercado de trabalho após ficar um ano desempregado. Ele passou pelo treinamento da empresa para conquistar a vaga de operador de produção. Pela crise que a gente vive no país, com desemprego muito alto, veio para cá uma indústria de MDF que deve mudar a vida de muita gente, como está mudando a minha vida profissionalmente, acredita.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta