Os estragos causados pela greve dos caminhoneiros na atividade econômica começam a aparecer nas estatísticas. A economia brasileira encolheu 3,34% em maio, de acordo com o índice do Banco Central que mede a atividade (IBC-BR). Foi a maior queda já registrada pela autoridade monetária desde quando começou a calcular o indicador há 15 anos.
Superou até mesmo dezembro de 2008, quando a atividade despencou 3,08% no auge dos impactos da crise financeira internacional. A diferença é que, naquela época, o resultado foi o ápice de outros fortemente negativos. Agora, o país começava a se recuperar, mas a paralisação reverteu os avanços.
ICB-Br
O IBC-Br foi criado pelo BC para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses. Tanto o IBC-Br quanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia.
O indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).
Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.
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