Todos os dias, dezenas de cargas entram e saem nos portos capixabas. Para que esses contêineres embarquem ou desembarquem dos navios, é preciso de trabalhadores portuários, os estivadores. Às vésperas de completar um século de existência, nesta sexta-feira (20), o Sindicato dos Estivadores do Espírito Santo enfrenta o desafio de acompanhar o desenvolvimento tecnológico que envolve o setor em que atua.
"Diariamente, chegam novas tecnologias nos navios e é preciso ter condições para formar os profissionais e se adaptar a elas. Porém, ainda não temos a mesma velocidade de criação de treinamentos para acompanhar a evolução tecnológica", revelou o presidente do sindicato, José Adilson Pereira. Isso demanda desses profissionais constantes atualizações das atividades.
O sindicato criado em 20 de julho de 1918 iniciou com cerca de 200 associados. Hoje, já são mais de 1,1 mil trabalhadores, sendo que 700 estão na ativa e os demais aposentados. Entre os princípios mantidos há 100 anos, está o de colaboração mútua entre os trabalhadores.
"O primeiro grupo de estivadores era composto por trabalhadores que estavam na faixa do cais, ex-escravos sem espaço para trabalhar, imigrantes italianos e ex-marítimos, que por causa da revolução tecnológica acabaram ficando no porto", explicou.
Apesar dos desafios tecnológicos que rondam a categoria, o sindicato ainda não sofreu impactos de outras transformações na área do trabalho. Segundo a presidência do sindicato, a reforma Trabalhista, que entrou em vigor no final do ano passado e alterou a obrigatoriedade da contribuição sindical, ainda não alterou o número de associados, que ainda se mantém estável.
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