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Espírito Santo perde 1,5 mil vagas de emprego em junho

Espírito Santo perde 1,5 mil vagas de emprego em junho

Resultado foi puxado pelo mal desempenho das indústrias e comércio

Publicado em 20 de julho de 2018 às 19:49

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Carteira de Trabalho. (Reprodução internet)

O mercado de trabalho do Espírito Santo, que apontava para uma recuperação em 2018, sofreu um novo baque. Em junho, o Estado demitiu mais do que contratou, fechando 1.562 vagas de emprego com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.

As contratações totalizaram 26.603 no mês, ante a 28.165 demissões no Estado. O resultado apresenta um forte recuo em relação a maio, quando foram abertos 5.001 postos de trabalho no Espírito Santo, quase 15% de todas as vagas criadas no país naquele mês. 

O saldo negativo de empregos foi puxado principalmente pelas indústrias de transformação, que fecharam 857 empregos formais. O segmento industrial com maior retração foi o da mecânica, que perdeu 624 vagas. 

Também impactou o resultado o desempenho do comércio, que demitiu mais do que contratou tanto no segmento varejista como no atacadista. O setor comercial teve um saldo de empregos de -737. 

Outras retrações foram registradas na construção civil (-296 vagas) e na agropecuária (- 237). O setor de serviços, por outro lado, foi o destaque positivo, criando 473 novos postos de trabalho no Estado, sobretudo nos segmentos de transportes, comunicações, alimentação, manutenção e hospedagem.

MUNICÍPIOS

Entre os municípios capixabas, Aracruz foi o que mais fechou vagas de emprego, com um saldo negativo de 778. Em segundo lugar, aparece a Serra, que perdeu 533 postos formais, e, em terceiro, Linhares, com resultado de -156 vagas.

Já as cidades que mais criaram empregos em junho foram Cariacica (216 novas vagas), Vila Velha (194) e Vitória (122).

NO ANO

No acumulado do primeiro semestre de 2018, o Espírito Santo continua com resultado positivo no mercado de trabalho. De janeiro a junho, foram criados 13.521 postos de trabalho formais, com amplo destaque para o agronegócio (que sozinho abriu 6.798 vagas) e o setor de serviços (5.401).

Brasil fecha 661 vagas

A nível nacional, o número de junho também foi negativo. O Brasil encerrou o mês com perda líquida de 661 vagas de emprego formal, dado que surpreende já que o desempenho do mercado de trabalho no mês é tradicionalmente mais forte do que em maio, quando foram criados 33.659 postos de trabalho. Já em junho do ano passado, foi verificado saldo líquido de 9.821 vagas, marcando o primeiro resultado positivo para o mês desde 2014.

O ritmo de recuperação do emprego segue inferior ao desejado, explicam economistas, já que incertezas políticas e econômicas pesam sobre o apetite por investimentos e contratações ao menos até a definição do próximo presidente da República.

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Da mesma forma, a paralisação dos caminhoneiros no fim de maio e início de junho esfriou a atividade de determinados setores e foi um importante revés na confiança dos agentes.

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