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Exportação de café conilon em junho supera todo o ano de 2017

Exportação de café conilon em junho supera todo o ano de 2017

Clima está ajudando o Estado a ter uma colheita melhor neste ano, com grãos mais encorpados

Publicado em 23 de julho de 2018 às 10:53

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Qualidade dos grãos de café melhorou devido à regularidade das chuvas. (Divulgação/CCCV)

O café capixaba está voltando a ocupar seu espaço nas prateleiras internacionais. Apenas no mês de junho deste ano, o Estado exportou um volume maior de grãos de conilon do que o acumulado em todo o ano passado. Nesse mês produtivo, o Espírito Santo comercializou 280,9 mil sacas, enquanto que nos 12 meses de 2017 foram 270 mil sacas.

Os dados do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) mostram mais do que uma evolução no volume de exportações. As chuvas mais regulares contribuíram para que os grãos de arábica e conilon crescessem e ficassem encorpados.

A expectativa de colheita para este ano é positiva. No melhor cenário, o Estado pode chegar a ter uma safra de 8,6 milhões de sacas, o que pode representar a terceira melhor colheita desde 2011, de acordo com a série histórica da Conab. Já numa perspectiva menos otimista, serão 7,6 milhões de sacas.

Se a produção melhora, há mais café para abastecer o mercado interno e também para ser exportado – o que está acontecendo. Além disso, as vendas ao mercado externo são reflexo dos estoques do produto dentro do próprio país. Com isso, o resultado até junho está sendo favorável para a exportação de café. Somando conilon e arábica, foram exportadas no mês de junho 440,1 mil sacas, maior volume desde novembro de 2015 (526,9 mil sacas).

“Este ano estamos sentindo a recuperação da produtividade das lavouras. Além disso, a desvalorização do real, em relação ao dólar, ajudou a tornar o café mais competitivo no mercado externo. Exportar acaba se tornando uma saída para o produtor, além da venda que ele já realiza no mercado interno”, explica Jorge Luiz Nicchio, presidente do CCCV.

De janeiro a junho deste ano foram exportados US$ 162 milhões em sacas de café. No mesmo período do ano passado, US$ 151,7 milhões, uma diferença de US$ 11 milhões entre os anos. Apenas em junho o Estado exportou aproximadamente US$ 50,4 milhões.

Os números de vendas para outros países mostram um pouco mais de otimismo para o setor cafeeiro. Eles também são resultados do clima estável, favorável ao café. O Espírito Santo passou os anos de 2016 e 2017 enfrentando os efeitos da seca que começou em 2015. Ainda em 2017, amargou o menor índice de exportação de cafés das últimas três décadas (2 milhões de sacas).

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Para melhorar a produção, foi preciso encontrar formas para lidar com a escassez de água e assessorar os produtores no uso consciente desse recurso. No caso da Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), a equipe técnica também foi buscar referências de outros países, como da Espanha. “Aquele que tinha maior disponibilidade de recursos foi incentivado a investir em novas tecnologias para irrigar os plantios utilizando menor quantidade de água”, relatou o vice-presidente da Coopeavi, Denilson Potrat.

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