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Comércio do Espírito Santo volta a abrir lojas após três anos

Comércio do Espírito Santo volta a abrir lojas após três anos

Segmento varejista registrou saldo de 105 aberturas no Estado no primeiro semestre de 2018. Volume de vendas também cresceu

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 22:21

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Comércio varejista capixaba . (Divulgação)

O setor comercial está começando a deixar a crise para trás. Pela primeira vez desde 2015, foram registradas mais aberturas de lojas do que fechamentos no Espírito Santo. No primeiro semestre de 2018, o saldo foi de 105 estabelecimentos comerciais abertos com vínculos empregatícios no Estado.

Os números dão um ânimo e apontam para uma recuperação, ainda que lenta, do segmento varejista. Isso porque entre 2015 e 2017 o saldo foi de 6.777 lojas fechadas em terras capixabas.

Em 2015, no auge da crise econômica, o saldo foi de 3.265 estabelecimentos comerciais fechados no Estado. Em 2016, de 3.005 fechamentos. Em 2017, ele desacelerou com forte intensidade, mas ainda permaneceu negativo: -507. Os dados são da Federação do Comércio no Espírito Santo (Fecomércio-ES), com base nas estatísticas na Confederação Nacional do Comércio (CNC) e do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Segundo o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, os números apontam para uma recuperação do setor em função da conjuntura brasileira. "A nível nacional, a gente tem a nosso favor uma inflação equilibrada e a taxa de juros Selic que caiu bastante visto a que era há três anos. Tudo isso contribuiu para o micro e pequeno empresário ter confiança e investir".

Ele destaca ainda a situação do Espírito Santo, que se mostra numa situação econômica melhor que a nacional atualmente. "Aqui temos um Estado diferenciado, especialmente nas contas públicas. Isso dá segurança para investir e para a gente prospectar resultados positivos ao final deste ano, a depender da situação política", comenta Sepulcri.

VENDAS

Outro dado comemorado pelo setor é o do volume de vendas, que no mesmo passo da abertura de lojas, vem crescendo no Estado. No primeiro semestre, as vendas do comércio capixaba cresceram 8,1%, melhor índice desde 2015, apontando para uma aceleração do consumo, que vinha em queda. 

O economista Orlando Caliman pondera que a queda da atividade econômica, inclusive do comércio, foi mais forte no Estado do que no resto do Brasil, fazendo com que o patamar seja muito baixo. "Chegou-se ao fundo de um buraco. Agora, começa-se a subir, mas ainda sem sair dele. Isto é, sem recuperar as perdas".

O x da questão agora é se esse crescimento do primeiro semestre irá se confirmar ao final do ano, em função sobretudo do cenário político conturbado na disputa presidencial, deixando o ambiente econômica nebuloso para os investimentos, segundo Caliman.

"A gente começar a perceber uma reação positiva de crescimento, mas que ainda não assegura velocidade nem intensidade, nem mesmo que vai se sustentar assim, muito em função da crise política, que deixa o país meio sem destino, afetando expectativas do setor produtivo e das pessoas, que recuaram seus gastos", afirma.

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